Berlim - O Governo alemão adiou esta sexta-feira a decisão sobre o fornecimento de tanques de combate Leopard 2 a Kiev, no âmbito da reunião do Grupo de Contacto para a Ucrânia, afirmando que vai rever as reservas e disponibilidade deste material.
Durante a reunião a decorrer hoje na base militar norte-americana de Ramstein, na Alemanha, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, não descartou o envio, mas indicou que não existe um parecer unânime sobre o destacamento de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, que Kiev afirma precisar para combater as forças russas na região de Donbass (leste da Ucrânia), confirmaram fontes diplomáticas à agência noticiosa espanhola Europa Press.
O Governo alemão vai, como passo prévio para um eventual envio destes veículos blindados reivindicados pela Ucrânia, rever as reservas e a disponibilidade.
O ministro da Defesa insistiu ainda que o seu país "não deixará de apoiar a Ucrânia" e "durante o tempo que for necessário", recordando a forte contribuição alemã já dada a Kiev, apenas superada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.
O Grupo de Contacto para a Ucrânia, composto por aliados ocidentais de Kiev, está reunido hoje na base aérea norte-americana em Ramstein, na Alemanha, focado em aumentar o apoio militar àquele país contra a Rússia.
A reunião conta com a presença do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, do Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, e do ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, bem como dos seus homólogos da Alemanha, Reino Unido e Polónia, entre outros altos representantes de dezenas de países.
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, também participa na reunião.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).