Nova Iorque - A Assembleia-Geral (AG) da ONU aprovou hoje a convocação de uma Conferência Internacional em Junho de 2025, em Nova Iorque, visando alcançar uma "solução pacífica" para a questão da palestiniana e a "implementação da solução de dois Estados".
O projecto de resolução recebeu o apoio esmagador de 157 Estados-membros da ONU, incluindo o voto a favor de Portugal, tendo registado ainda oito votos contra e sete abstenções, segundo a Lusa.
Votaram contra este texto Israel, Estados Unidos, Argentina, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau e Papua Nova Guiné.
A resolução, focada na resolução do conflito israelo-palestiniano, indica que a Conferência Internacional de Alto Nível terá como objectivo promover a implementação das resoluções das Nações Unidas relativas à questão palestiniana e à solução de dois Estados, para a "obtenção de uma paz justa, duradoura e abrangente no Médio Oriente".
A Conferência será realizada de 02 a 04 de Junho de 2025, em Nova Iorque, e será precedida por uma reunião preparatória em Maio.
Como resultado, a Conferência adoptará um documento orientado para a acção, visando "traçar urgentemente um caminho irreversível em direcção à solução pacífica da questão da Palestina e à implementação da solução de dois Estados", frisa a resolução.
Instando os lados em conflito a cumprirem as suas obrigações sob o direito internacional e acordos assinados anteriormente, a resolução enfatiza que Israel, como potência ocupante, deve cumprir as suas obrigações conforme descrito no parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ).
"Cento e cinquenta e sete Estados-membros apoiam a resolução sobre a declaração pacífica da questão da Palestina, incluindo as conclusões do TIJ sobre a ilegalidade da presença de Israel no Território Palestiniano Ocupado e a realização de uma Conferência Internacional de Alto Nível em Junho de 2025 para promover a implementação das resoluções da ONU sobre a questão da Palestina e a solução de dois Estados", celebrou o embaixador adjunto da Palestina na ONU, Majed Bamya, nas redes sociais. GAR