Malanje- O Delegado Provincial da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Manuel Inácio, reiterou hoje, nesta cidade, o clamor do órgão por salas de artes cénicas e de outros atractivos culturais na província.
Nesta altura Malanje não dispõe de espaços apropriados para encenação, o que tem condicionado o desenvolvimento das actividades culturais, obrigando os fazedores de teatro, música, cinema e outras modalidades, viver de adaptações.
Em entrevista à ANGOP, Manuel Inácio referiu que o único Centro de Convenções e Cultura “Ginga Center”, ex-Cine Teatro Turismo, deixou de funcionar há muitos anos por razões desconhecidas, depois de remodelado e privatizado.
Lembrou que os artistas vêm clamando por espaços e outros apoios há décadas, mas sem sucesso, por isso reiteram o apelo ao governo no sentido de tudo fazer para inversão do quadro, por forma a se ultrapassar as dificuldades que enfrentam no exercício das profissões culturais.
O responsável realçou que com uma escola de artes, a província ganha novos profissionais, pois massifica as artes e oferece condições para exibição de peças e consequentemente atrai receitas.
Lamentou também o actual quadro da UNAC na província, devido a fraca coabitação entre os fazedores e pelo não reconhecimento do profissionalismo destes por parte dos agentes culturais, porquanto preferem convidar artistas de fora em detrimentos dos locais, até para eventos ao alcance.
Essa situação, realçou, tem inibido o exercício cultural, sobretudo no seio da nova geração.
Actualmente a província de Malanje conta com mil 708 artistas, entre músicos, encenadores, compositores, entre outros. RM/NC/PBC