Benguela – O turismo cultural vai ganhar uma outra dimensão na província de Benguela, graças à reabilitação de alguns monumentos históricos em estado avançado de degradação, admitiu nesta terça-feira a directora da Cultura, Rosa Tchitali.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado hoje, 18 de Abril, sob o tema “Património e Mudança”, aquela responsável do Gabinete Provincial da Cultura destacou como a reabilitação do Museu Nacional de Arqueologia, com um acervo de cerca de 9.150 peças, vai dinamizar o turismo cultural.
De igual modo, encara a reabilitação dos cines Flamingo, no Lobito, e Monumental, em Benguela, como ganhos para o património cultural, reforçando a posição da província como destino turístico obrigatório.
Neste momento, frisou a responsável, dezenas de turistas nacionais e estrangeiros têm visitado a província de Benguela interessados em conhecer o património cultural da localidade.
Rosa Tchitali, que também tutela as áreas do Turismo, Juventude e Desportos, referiu que os estudantes têm estado a realizar trabalhos de pesquisa nos museus de Arqueologia, em Benguela, e o de Etnografia do Lobito.
Entre os locais mais procurados na província, estão o Reduto de São Pedro da Catumbela, também conhecido como Forte da Catumbela, a Igreja Nossa Senhora do Pópulo, o largo da Peça, os faróis de sinalização marítima da praia Morena e da baía de Santo António, bem como o navio Zaire na restinga do Lobito.
Por isso, a directora Rosa Tchitali enaltece o programa do Governo Provincial de Benguela que visa recuperar estes monumentos históricos face ao estado de degradação e abandono que apresentam há anos.
Segundo ela, a restauração do largo da Peça, cuja atracção principal é uma peça de artilharia com um canhão, trouxe outro alento àquela zona da cidade de Benguela e tem sido paragem obrigatória dos munícipes e visitantes vindos de várias partes do país.
A expectativa dos agentes culturais, agora, conforme disse, é ver reabilitado o Forte de São Pedro da Catumbela, isto porque está bastante degradado e pode ruir nos próximos anos, se nada for feito pelas autoridades.
Para ela, o Forte de São Pedro da Catumbela constitui um ponto importante para o fomento do turismo cultural, uma vez que foi erguido no contexto da repressão colonial portuguesa às revoltas da Catumbela e do Dombe Grande, no período de 1846-1848.
Também apelou a juventude benguelense para que contribua na preservação do património existente, visando preservar a história dos povos que habitaram a região.
Em Benguela, estão classificados 11 monumentos, entre os quais a antiga açucareira de Angola, na Catumbela, e o antigo palácio dos governadores de Benguela e inventariados 80, assim como 11 sítios históricos catalogados. JH/CRB