Cazombo – Os restos mortais da rainha Nhakatolo Tchilombo foram, na tarde deste sábado, a enterrar no cemitério de Tchissamba, na vila de Cazombo, município do Alto Zambeze, na província do Moxico.
A rainha faleceu há uma semana, em Luanda, e a cerimónia fúnebre ficou marcada por "fortes" rituais tradicionais da cultura Luvale.
A soberana foi sepultada no cemitério de Tchissamba, onde foram enterrados os seus ancestrais, nomeadamente, o pai, o príncipe Tchinhama, e a avó, a rainha Nhakatolo Tchissengo, sua antecessora.
O cortejo fúnebre, carregado de emoção, foi antecedido de momentos de leitura de várias mensagens de instituições do Estado e de outras entidades, que destacaram o legado da rainha na preservação dos valores culturais.
Durante a cerimónia, decorrida na sua Embala, o Ministério da Cultura e Turismo (MINCULTUR) reconheceu o empenho e a luta da soberana na preservação dos valores morais e culturais, de forma particular, do povo Luvale.
Por seu lado, o Governo Provincial do Moxico realçou as qualidades culturais, políticas e sociais da soberana dos Luvale, durante um reinado de 19 anos (2004-2023).
O rei do Bailundo, Isaac Francisco Lucas Somaquesenje “Tchongolola Tchongonga”, que assistiu ao funeral, descreveu a rainha como um exemplo de defesa e preservação dos pilares da cultura.
A rainha Nhakatolo Tchilombo, falecido aos 86 anos, vítima de doença, nasceu na comuna de Cavungo, município do Alto Zambeze, tendo deixado um filho e 52 bisnetos.
Chegou ao trono aos 67 anos, sucedendo à avó, Nhakatolo Tchissengo, que liderou o reino durante 35 anos, após ter sido coroada a 27 de Fevereiro de 1957, aos 79 anos, em substituição da mãe, Nhakatolo Kutemba.LTY/TC/MS