Luanda - A antiga e nova geração de poetas angolanos enalteceram, na última quinta-feira, o mosaico cultural nacional, com a declamação de diversos poemas e prosas de artistas nacionais.
Num ambiente composto por crianças, jovens e idosos, as poetisas declamaram também poemas de escritores portugueses e italianos que abrilhantaram a noite no Museu Nacional de História Natural, localizado em Luanda.
O produtor executivo do Atelier D'Artes Lucengomono, Pedro Sambo, informou que a sua instituição juntou duas gerações para ilustrar a maneira como os conhecimentos se cruzam e desenvolvem dentro da poesia, bem como fomentar o gosto pela poesia e leitura.
Conforme o produtor, a poesia em Angola está a desenvolver-se com uma nova linguagem lírica e mais jovem.
Exortou os artistas à aprimorarem o nível de investigação para aguçar o interesse do leitor pela leitura.
Por outro lado, a poeta da antiga geração, Sandra Poulson, disse que esta união mostra a importância da passagem de testemunho.
Sandra Poulson, que declamou vários poemas, com destaque para "Liberdade", de Alda Lara, e "Guerras no Cairo", de autoria de um poeta português, exortou o público angolano a participar e promover eventos, ler e recitar poesias.
Por seu turno, a escritora e poeta Aminata Gobel " Mamã África" descreveu o ambiente como sendo solene, por reunir duas gerações, com o objectivo da passagem do legado dos mais velhos para os jovens.
A Mamã África, conhecida por defender o valor da mulher africana, disse ser essencial declamar poesias, pois, no seu entender, é uma das formas de transmitir mensagens.
No local, declamou poema de Agostinho Neto, intitulado "Choro da África", "Braço de África", de David Capelenguela, e "Pura e Madura", de Lupito Feijó.
A nova geração foi composta por Raquel Vaz e Lu Matamba e antiga é constituída por Sandra Poulson, Alzira Simões e Bell Neto
O Atelier D'Artes Lucengomono tem como objectivo a formação, produção e prestação de serviços virados para cultura, música e literatura. AMC/OHA