Luanda - Os percussionistas angolanos partilharam, quinta-feira, em Luanda, com a classe infanto-juvenil os conceitos teóricos práticos do uso correto dos instrumentos musicais com vista a incentivá-los a preservar a cultura e identidade nacional.
Os percussionistas nacionais falavam no acto do encerramento do primeiro Festival Angolano de Percussão (FAP), que decorria desde quarta-feira (11), em Luanda.
No local, os profissionais informaram sobre a forma da execução correcta dos instrumentos musicais como dikanza, batuques, goma, marimba, mukindo outros.
Também enfatizaram, dentre outros, a diferença entre os outros ritmos angolanos como a massamba, kazukuta, sambalagem e cabetula.
Na actividade, o historiador africano Ginga Kandimba frisou que as gerações passadas de Angola se comunicavam por meio da música.
Por isso, lembrou a nova geração que há uma ligação entre a música e ancestralidade, por esta razão, exortou-os a valorizar os ritmos da musicalidade angolana.
Desse modo, continuou o historiador, vai se desenvolver a sociedade angolana.
Conforme a fonte, a música é uma das manisfestações do espírito africano para expressar amor, paz, ódio e tristeza.
Por seu turno, o investigador de instrumentos de percussão, Jorge Mulumba, explicou a esta franja da sociedade como se fazem e funcionam os instrumentos musicais.
Durante a sua explanação, defendeu que os instrumentos musicais da ancestralidade são compatíveis aos equipamentos modernos de música.
Ainda nesta senda, a mentora do FAP, Odete Kassilva, que fazia o balanço sobre o evento, disse sentir-se regozijada e surpreendida pela positividade do festival que reuniu vários percussionistas e 50 expositores.
Informou também que os principais atrativos como a música e as palestras do evento impactaram positivamente o público que esteve presente.
Já o presidente da comissão da carteira profissional de artista, Maneco Dias fez um balanço positivo da edição do FAP por ter abrangido sobretudo os jovens.
Considera haver um interesse dos jovens e crianças angolanas em aprender sobre os instrumentos percussivos.
Por esta razão, avançou que a percussão nacional tem um lugar assegurado por existir uma franja juvenil disposta a abraçar a cultura angolana.
No entanto, sublinhou haver necessidade de se expandir festivais do género para se difundir amplamente de modo a população ganhar o espírito de Angolanidade.
Durante o dia do encerramento, foram debatidos vários temas como "A música e ancestralidade", produção e expansão de instrumentos" e "Simbiose entre a percussão e a dança"
O primeiro Festival Angolano de Percussão (FAP) foi realizado nos dias 11 e 12 no Palácio de Ferro, na província de Luanda. AMC/SEC