Luanda - O agrupamento musical “Os Kiezos” regressou neste domingo ao Centro Recreativo Cultural Kilamba, em Luanda, para abertura da jornada cultural de 2025.
Às 12h30, com o quintal do semba quase "lotado", o grupo subiu ao palco com as músicas "Zaboba", "Muá Pangu", "Milhorró", "Nguami Kusoba", "Kiezu jabu", "Monami messene", "Kuxingue ngamba", "Candonga" e "Comboio".
Após uma breve pausa na actuação, o agrupamento regressou ao palco mais revigorado com "Princesa Rita", "Jingololo", "Tristezas não pagam dívidas", entre outras músicas.
Durante o evento, o artista Guilhermino, para homenagear o falecido cantor Bangão, recordou sucessos como "Kamba Diame", "Dioguito", "Muxima" e "Nda Licença", enquanto Tony do Fumo Filho entrou com "Mamã Mamã", "Muxima" e "Monami".
Boto Trindade, acompanhado pelo agrupamento, retornou ao palco passados 30 minutos do intervalo, ao som da guitarra, percussão, batuque e piano.
Para terminar a tarde de actuações da primeira edição do ano, Robertinho fez os presentes dançarem com "Problema", "Kixixima", "Kiowa", "Kakinhento" e "Massoxi".
O conjunto iniciou às actividades musicais na década de 60. A sua história remonta ao ano de 1963, no bairro Marçal, quando Domingos António Miguel da Silva (Kituxe) decidiu reunir Marito, Adolfo Coelho e Avozinho para formar o conjunto com Tininho e Anselmo de Sousa Arcanjo (Marito).
Em 1970, Os Kiezos gravaram o seu primeiro single na Rádio Nacional de Angola, então conhecida como Voz de Angola. Nessa altura juntaram-se à banda Anselmo de Sousa Arcanjo (Juventino), Jorge Pasteur, José da Costa (Vate Costa) e Fausto Lemos.
A denominação “Kiezos” é uma expressão em língua Kimbundu que, em português, significa “Vassoura”. Daí o baptismo do Conjunto que perdura até aos nossos dias.
Os Kiezos têm uma grande relevância histórica na música popular angolana. SJ/OHA