Lubango – O Museu Regional da Huíla reabriu ao público depois de dois anos fechado devido a obras de requalificação da Reserva Técnica, informou hoje, segunda-feira, no Lubango, a sua directora, Angelina Sacalumbo.
A Reserva Técnica de um museu é a parte principal onde é colocado o acervo técnico não exposto ao público, devendo reunir todas as condições para melhor acomodação.
No caso concreto do Museu Regional da Huíla, a Reserva Técnica estava degradada, face a infiltração de água e punha em risco várias peças que nela estavam armazenadas.
O projecto incluiu o diagnóstico das peças, a consequente catalogação, o embalamento, segundo as regras, e transportadas para o edifício principal do Museu.
Na segunda quinzena de Abril, a Reserva Técnica começou a receber obras de restauro que terminaram em Fevereiro do corrente, mas antes de abrir procedeu-se ao procedimento inicial, o de diagnosticar novamente as peças, organizá-las por categorias e transportá-las para a Reserva Técnica, trabalho que durou sete meses.
Em declarações à ANGOP, a directora do Museu Regional fez saber que procuraram patrocínios e uma empresa local, que acedeu ao pedido e requalificou completamente da principal Reserva Técnica da instituição.
A par da reabilitação da Reserva, continuou, fez-se também a pintura no interior e exterior do Museu, dando maior qualidade e conforto na preservação do acervo.
“Depois da requalificação organizamos as peças por categoria de maneiras a colocar por exemplo, todos os utensílios domésticos numa única categoria, o mesmo foi feito com os objectos de poder, crença e espiritualidade, assim como os de vestuário”, frisou.
O Museu, conforme a responsável, dispõe de mil 530 peças, mil e 200 das quais estão acomodadas na reserva e as restantes compõem o acervo etnológico.
Conta, igualmente, com um acervo bibliográfico com mais de oito mil livros e outro de filatelia, com mais de 200 selos.
O Museu Regional da Huíla, antes do seu encerramento ao público, recebia em média 120 visitantes/dia, além de instituições escolares, Forças Armadas e turistas.