Luanda – O instrumentista angolano Galiano Neto morreu, na quarta-feira, em Lisboa (Portugal), vítima de doença.
Segundo informações a que a ANGOP teve acesso, Galiano Neto faleceu vítima de ataque cardíaco, aos 65 anos de idade.
Instrumentista e compositor, Galiano Neto dedicou toda a sua vida à música angolana. Crescido na Ilha de Luanda fez parte do grupos carnavalesco União Mundo da Ilha, responsável por anos de produção musical carnavalesca ligada a esta zona da cidade de Luanda.
Ao longo dos últimos 30 anos, partilhou palco e gravou discos ao lado dos maiores nomes da música lusófona, como Bonga, Nancy Vieira, Waldemar Bastos, Chálo Correia, Paulo Flores e Eduardo Paim.
Formado em pedagogia do ensino ajudou inúmeros pesquisadores a traçarem a importância da música angolana na construção da identidade e também como forma de resistência.
Envolveu-se em projetos solidários, como é o caso de Mon na Mon - Juntos pela Guiné-Bissau e de pesquisa como é o caso do disco - Canta Angola ou Turma da Bênção.
Em 2008 chegou mesmo a gravar um disco em nome próprio - Angola no Coração.
Reagindo a morte do artista, o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, considera o artista como uma referência da música africana.
No seu currículo consta ainda a participação no grupo "Grito di Povo", e como compositor, ao lado de Vate Costa e Gregório Mulato, do conjunto Os Merengues.