Luanda - O escritor Octaviano Correia morreu quinta-feira, em Luanda, vítima de doença.
Octaviano Guedes Correia nasceu a 25 de Fevereiro de 1940, na província da Huíla. Foi jornalista, escritor e editor da revista "Lavra & Oficina”.
Em nota de condolências, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, manifesta "profunda" dor e consternação pela ocorência.
Destaca que o malogrado começou a sua carreira jornalística na Rádio Nacional de Angola, onde participou no curso de radiodifusão da Rádio Berlim, na ex-República Democratica Alemã (RDA).
Recorda que depois da independência de Angola, o escritor trabalhou no ex-Instituto Nacional do Livro e do Disco, entre 1979 e 1981, juntamente com os escritores Boaventura Cardoso, Gabriela Antunes e Dario de Melo.
Em 1988, em Portugal, deu continuidade à sua produção literária, a par da actividade jornalística, e regressou a Angola em Maio de 2020.
Na nota, o ministro Filipe Zau, em nome do colectivo de trabalhadores do seu pelouro, endereça sentimentos de pesar à família enlutada, à União dos Escritores Angolanos e à Academia Angolana de Letras.
Octaviano Correia publicou vários livros, na sua maioria de literatura infanto-juvenil, dos quais se destacam "Fizeste Fogo à Viuvinha" (1980), "O País das Mil Cores" (1980), "A Amizade de Leão não se faz com Traição" (1984), "O Monstro das Sete Cabeças e as Meninas Roubadas" (1990) e "Coisa Simplesmente" (1996).
Em 1981, recebeu o Prémio Especial da UNESCO, na exposição "Os Mais Belos Livros do Mundo", pela sua obra "O País das Mil Cores".