Dundo – O ministro da Cultura, Filipe Zau, encorajou esta terça-feira, no Dundo, província da Lunda-Norte, os artistas a traduzirem os poemas de Agostinho Neto, em línguas nacionais, com vista a preservação da “herança cultural do fundador da nação”.
Em declarações à imprensa, no final da sua visita de trabalho de dois dias à cidade do Dundo, província da Lunda-Norte, onde orientou o acto central do 102º aniversário de Agostinho Neto, o governante disse ter ficado impressionado com a tradução dos poemas do Herói Nacional em língua nacional Cokwe, pelos poetas locais.
Acrescentou que ficou igualmente impressionado com a musicalização dos poemas de Neto, também na língua nacional Cokwe, com realce para o "Havemos de Voltar", interpretada pelo músico Santos Católica.
“Esperamos que esta criactividade inspire artistas doutros pontos do país, para que aqueles que dominam a língua portuguesa possam compreender a dimensão cultural, política e patriótica do fundador da nação.
Disse que Agostinho Neto "foi um homem incontornável na cultura" e as suas poesias despertaram a consciência revolucionária dos angolanos e dos africanos, para a conquista da independência de muitos países.
"As suas intervenções sempre estiveram voltadas para a liberdade de Angola e de África em geral, o que o tornou num homem de cultura com uma dimensão incomensurável", frisou.
A exibição de danças e músicas folclóricas da região leste, pelo grupo Mwesseque Utale, também marcou o acto central do Dia do Herói Nacional, decorrido na cidade do Dundo, capital da província da Lunda-Norte.
António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922 - há 102 anos - na aldeia de Caxicane, município de Icolo e Bengo, província de Luanda. Morreu, por doença, em Moscovo, a 10 de Setembro de 1979.
Assumiu a direcção do MPLA do qual já era presidente honorário desde 1960, e proclamou a Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, tornando-se, por conseguinte, no mais alto mandatário da nação.HD