Huambo – O ministro da Cultura, Filipe Zau, inaugurou, esta quarta-feira, o Arquivo Provincial do Huambo, que vai preservar as memórias, os documentos, as fotografias e os registos históricos desta região e de outras zonas do país.
O edifício, que antes acolhia a “Biblioteca Constantino Camõli”, no espaço adjacente ao Centro Cultural “Manuel Rui Monteiro”, foi reabilitado num prazo de dez meses, com um investimento de três mil milhões e 500 milhões de Kwanzas.
A inauguração do empreendimento, testemunhada pelo governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, enquadrou-se nas comemorações do Dia da Cultura Nacional, que hoje se assinala.
O acto de uma manifestação cultural, com a exposição de artes e exibição das tradições e das danças da região Ovimundu, iniciadas na praça Doutor António Agostinho Neto, classificada à Património Cultural Nacional até ao Arquivo Provincial do Huambo, num percurso de, aproximadamente, 800 metros.
Trata-se da segunda infra-estrutura do género do país, depois de Luanda.
Em breves palavras, o director nacional da Acção Cultural do Ministério da Cultura, Pedro Nambongue Chissanga, o empreendimento foi autorizado e formalizado pelo Despacho Presidencial nº22/23, de 14 de Fevereiro, publicado em Diário da República.
O responsável disse tratar-se de um lugar de estudo e de investigação, que contempla salas de reuniões, para recepção documental, de multimédia, de leitura e um depósito.
Em nome dos beneficiários, o director da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos na província do Huambo, Jeremias Piedade Chissanga, disse que o Arquivo Provincial vai, em primeiro lugar, preservar da memória, actuando como guardião dos documentos, fotografias e outros elementos que retratam a trajectória do país.
Considerou que o centro facilitar a pesquisa e a consulta de documentos passados, com foco na preservação da identidade cultural, entre outros factores históricos.
Antes do acto inaugural, o ministro da Cultura, Filipe Zau, e o governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, que pecorreram os 800 metros que separam a Praça Doutor António Agostinho Neto e o Arquivo Provincial, na Avenida Norte de Matos, tiraram alguns minutos para tocar o instrumento musical Dikanza.
A efeméride acontece no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, a serem assinalados no dia 11 de Novembro próximo.
A Independência de Angola, outrora província ultramarina de Portugal, foi proclamada pelo Presidente Agostinho Neto, em 1975.
O programa da celebração do Dia Nacional da Cultura reserva uma conferência subordinada ao tema "Cultura, Identidade e Angolanidade", para além da cerimónia de outorga de diplomas de mérito e de troféus aos operários de cultura na província do Huambo e um espectáculo músico-cultural no Centro Cultural Manuel Rui Monteiro.
O Dia da Cultura Nacional é uma data de elevado simbolismo histórico, aprovado em Novembro de 1986, em homenagem ao primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, por causa do seu discurso sobre o estado do sector, proferido a 08 de Janeiro de 1979, na tomada posse do corpo directivo da União dos Escritores Angolanos (UEA).
A efeméride acontece no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, a serem assinalados no dia 11 de Novembro próximo.
A Independência de Angola, outrora província ultramarina de Portugal, foi proclamada pelo Presidente Agostinho Neto, em 1975. ALH