Huambo – O ministro da Cultura, Filipe Zau, afirmou, esta segunda-feira, que a província do Huambo está a ser transformada, aos poucos, numa das capitais culturais de Angola.
O governante falava à imprensa depois de conferir posse aos chefes de departamento do Centro Cultural “Manuel Rui Monteiro”, na cidade do Huambo, no quadro da sua jornada de trabalho de quatro dias nesta região do país, a propósito do acto central do Dia Nacional da Cultura Nacional, a assinalar-se na próxima quarta-feira (8).
Para a materialização dessa intenção, Filipe Zau disse que estão a ser realizados alguns trabalhos, a exemplo da inauguração, na próxima quarta-feira, do Arquivo Provincial do Huambo “Constantino Camõli” e do descerramento da placa da classificação a Património Cultural Nacional da Praça Doutor Agostinho Neto.
Sobre este propósito, ressaltou que a província possui, também, o Centro Cultural "Manuel Rui Monteiro", para além da elevação a Património Cultural Nacional da dança Olundongo, típica desta região do Planalto Central de Angola.
Acrescentou que o foco será, agora, trabalhar para a inscrição do Olundongo como património cultural universal da UNESCO, à semelhança do que está a ser feito com a dança Tchianda e o Semba.
Informou que o Sona (desenhos na areia) da parte Leste de Angola já está reconhecido como património imaterial da humanidade.
Quanto ao museu do Huambo, Filipe Zau disse que os trabalhos serão feitos no seu devido momento, pois primeiro será reorganizado a parte cultural, no seu todo, e seguir-se-ão as outras infra-estruturas.
Defendeu maior valorização do Centro Cultural “Manuel Rui Monteiro” e dos fazedores das artes cénicas na província do Huambo, que serão homenageados no Dia Nacional da Cultura, pelo facto de, muitas vezes, não se ter em conta o bom trabalho que fazem em prol da arte.
Por sua parte, o governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, disse que esta região do país tem todo potencial para se transformar em capital cultural do país, com mais trabalho dos fazedores das artes em projectos que agreguem valor.
Salientou que a cultura e turismo fazem um “casamento perfeito” e é o momento desta província tirar, no bom sentido, os dividendos destas duas componentes, que existem ricas valências na região, para alavancar a sua economia.
O Dia da Cultura Nacional é uma data de elevado simbolismo histórico, aprovado em Novembro de 1986, em homenagem ao primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, por causa do seu discurso sobre o estado do sector, proferido a 08 de Janeiro de 1979, na tomada posse do corpo directivo da União dos Escritores Angolanos (UEA).
O programa da celebração do Dia da Cultura Nacional a que a ANGOP teve acesso reserva a inauguração do Arquivo “Constantino Camõli” e do descerramento da placa de classificação a Património Cultural Nacional da Praça Doutor Agostinho Neto.
O acto reserva, ainda, uma conferência subordinado ao tema "Cultura, Identidade e Angolanidade", para além da cerimónia de outorga de diplomas de mérito e de troféus aos operários de cultura na província do Huambo e um espectáculo músico-cultural no Centro Cultural Manuel Rui Monteiro.ZZN/ALH