Luanda - A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, reforçou, segunda-feira, a necessidade da participação activa da Comunidade dos Países da África Central (CEEAC) na 2ª edição da Bienal de Luanda-Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz.
A 2ª edição da Bienal de Luandaa vai decorrer na capital angolana em Setembro do ano em curso.
De acordo com a ministra, que falava durante uma audiência concedida ao presidente da CEEAC, Gilberto Veríssimo, a parceria entre a organização do evento e a organização regional é essencial tendo em conta os objectivos preconizados: a promoção de uma cultura de paz a fraternidade, a união entre os povos, a preservação e divulgação do património material e imaterial africano.
"A paz, o diálogo intergeracional, a resolução de conflitos, a reconciliação nacional e a resiliência perante as crises são aspectos que estarão na agenda da 2 da edição da Bienal.da Paz", reforçou Carolina Cerqueira.
Por seu turno, o presidente da comissão da CEEAC, Gilberto Veríssimo, manifestou a disponibilidade da organização em participar no evento, defendo a realização de forma permanente.
Gilberto Veríssimo avançou que a CEEAC fará a ligação entre Angola e outras organizações regionais, para uma maior inclusão dos países africanos.
O responsável adiantou que a CEEAC pretende que a capital angolana (Luanda) palco da bienal se torne no maior ponto de promoção da cultura de paz no continente africano.
Na sua concepção, a Bienal de Luanda visa desenvolver um Movimento Pan-Africano para uma Cultura de Paz e Não-Violência, através do estabelecimento de parcerias envolvendo, entre outros, governos, sociedade civil, comunidade artística e científica, sector privado e organizações internacionais.
Este ano o lema da bienal será "Cultura, Arte e Património Histórico de África", como prevê o acordo entre a Angola e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) assinado a 18 de Dezembro de 2018.
O evento, uma realização tripartida (Angola, União Africana e UNESCO) visa promover a harmonia e a irmandade entre os povos através de actividades e manifestações culturais e cívicas, com a integração das elites africanas e representantes da sociedade civil, autoridades tradicionais e religiosas, assim como intelectuais, artistas e desportistas.
A bienal visa ainda estabelecer uma cooperação cada vez mais estreita com a Unesco, com vista a promoção de uma verdadeira cultura de paz em África.
A 1.ª edição realizada de 18 a 22 de Setembro de 2019 reuniu 16 países africanos e 600 participantes internacionais, com a temática de compromisso com a paz e o desenvolvimento sustentável.
Trata-se de uma plataforma para promover a diversidade cultural e a unidade africana, um lugar propício para intercâmbios culturais e intra-africanos, sendo uma reunião especial, que reúne a cada dois anos actores e parceiros de um movimento Pan-Africano para a prevenção da violência e dos conflitos e a consolidação da paz.