Luanda – O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade", manifestou, esta quarta-feira, profunda consternação pelo falecimento do músico e compositor angolano Justino Handanga.
Segundo uma nota que ANGOP teve acesso, o ministro aponta o músico como um exímio homem de cultura, promotor e defensor da identidade do povo ovimbundo, que retrata com mestria nas suas músicas, vivências, hábitos e costumes daquele povo, para além de ter contribuído para a internacionalização da música angolana.
Nesta hora de dor e luto, lê-se ainda na nota, o Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria curva-se em memória ao malogrado e apresentam à família enlutada os sentidos pêsames.
Numa outra mensagem, o Governo Provincial do Cuanza-Norte destacou Justino Handanga como um patriota de qualidades indescritíveis, que desde muito cedo entregou-se ao cântico popular angolano, tendo priorizado a língua umbundo nas suas obras.
Para si, o desaparecimento físico do músico além de empobrecer a cultura nacional, enfraquece as fontes de equilíbrio psico-emocional dos cidadãos angolanos, tendo em conta que Justino Handanga cativou multidões e influenciou gerações.
Alega que o artista tornou-se num importante activista social que veiculou valores que moldaram a sociedade angolana.
Justino Handanga morreu segunda-feira (18), em Luanda, vítima de doença, no Complexo Hospitalar Cardio-Pulmonar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, onde se encontrava em tratamento há uma semana.
O artista começou a cantar na década de 80 e tinha no seu repertório dois discos, sendo o primeiro "Ondjonguele Ya Telisiwã (Alvo Atingido)”, lançado em 2004, e o segundo "Homenagem ao empresário Valentim Amões”, em 2011.
As músicas “Ndumbalundo”, “Olonamba”, “Tenho saudades”, “Paulina”, “Carlito” e “Abílio”, são alguns dos sucessos do malogrado.
Participou, em 2005, da 15ª edição do Top dos Mais Queridos da Rádio Nacional de Angola, ficando em 3° lugar, com a conhecida música "Paulina” e, em 2006, ficou em 5° lugar. ANM/ART