Dundo – O ministro da Cultura , Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, anunciou, esta sexta-feira, no Dundo, Lunda Norte, a criação, para breve, do Museu virtual do Dundo, para permitir que o mundo se conecte, sem se deslocar A Angola, com a cultura Tchokwe, seus hábitos e costumes.
Disse que tal iniciativa, já em processo avançado, enquadra-se no plano de revitalização e dinamização dos museus em Angola, bem como estimular a pesquisa e a investigação cientifica através destas instituições através das novas tecnologias de comunicação.
Qualificou o museu do Dundo como uM dos maiores centros culturais de África, assegurando que terá uma atenção especial.
O museu do Dundo, situado no “coração” da antiga cidade do Dundo e com mais de 100 anos de existência, ajuda a sociedade a identificar acontecimentos históricos decisivos e essenciais para a construção do “Império” Lunda.
Para ajudar a preservar as memórias e, ao mesmo tempo, explicá-las aos interessados, a instituição conta com um acervo repleto de artigos e coleções etnográficas, biológicas, arqueológicas, de arte sacra, popular e alguns objetos que se relacionam com a história da Revolução Industrial, como a exploração de diamantes.
As colecções etnográficas do Museu do Dundo constituem a principal componente do objecto social da instituição e resultam da primeira campanha de recolha de peças, designada "Expedição de Camaxilo", feita no longínquo ano de 1937, e do Alto Zambeze, em 1939.
O Museu do Dundo possui nove mil peças etnográficas e prevê, para breve, a recolha de outras que se encontram em posse de pessoas ligadas à arte e detentoras de colecções.
Entre os artigos culturais expostos sobressaem a estatueta do Samanhoga (Pensador), que se tornou num símbolo nacional, as máscaras Mwana Phowo (retrata a beleza feminina), Mukishi wa Mwanangana (palhaço do rei) - que corresponde ao sacrifício sagrado e representa os antepassados do chefe tribal - bem como os instrumentos musicais: Ngoma (batuque ou tambor) e puita.