Lubango – Uma exposição fotográfica que retrata a vida e obra do explorador e cientista László Magyar está desde hoje, quinta-feira, patente na Mediateca do Lubango, província da Huíla, numa iniciativa da Embaixada da Hungria em Angola.
A mostra vai durar 30 dias.
Trata-se de uma exposição com 16 fotografias, que faz uma incursão histórica daquele que viveu 17 anos no antigo Reino do Bié, tendo-se casado com Ina Kulu Ozoro, a filha do Rei Kayaya Kayangula, no século XIX.
O porta-voz da exposição, Francisco Pedro, referiu que o protagonista, falecido em 09 de Novembro de 1864, em Benguela, teve antes uma visão exploradora das potencialidades económicas e industriais (embora rudimentar) de alguns povos de Angola, do clima e da geografia da região, bem como uma descrição das condições fluviais de alguns rios da zona Norte e Sul de Angola.
Referiu que a exposição ilustra, igualmente, instrumentos musicais tradicionais, de caça, e a relação social entre os povos autóctones com os povos europeus.
“Das 16 obras, imprensa em tela, a última espelha a cronologia do explorador húngaro desde o seu nascimento, a 13 de Novembro de 1818, na Hungria, com ssagem pela América Latina, África Ocidental até chegar a Angola, em pleno Século XIX.
Com a morte do sogro, no planalto, foi-lhe concedido o direito legítimo de sucessão ao trono do reino bieno, por herança, tendo assim tomando posse de um território maior do que o país onde nasceu.
Já a directora da Mediateca do Lubango, Winia Agostinho, afirmou que as fotografias de László são uma amostra histórica que une Angola e a Hungria, por meio de outros povos além dos de Portugal.
Referiu que a ligação com Angola, forjada através do amor, da curiosidade do respeito pelas pessoas e terras que conheceu, resultou em contribuições imensuráveis para o mapeamento geográfico, a documentação de costumes e a troca de saberes.
“Trata-se de uma fonte histórica relevante que nos conduz a acreditar que os antigos reinos de Angola mantiveram boas relações com diferentes povos europeus, além do embate com os colonizadores portugueses”, afirmou.
Na ocasião, solicitou aos estudantes das instituições públicas e privadas, sediadas ou não no Lubango, a visitarem a exposição fotográfica. JT/PLB