Malanje - Promotores de teatro em Malanje solicitaram, esta quarta-feira, ao governo a construção de salas para fazer face a escassez de espaços de encenação.
Em entrevista à ANGOP à margem de um encontro promovido pelo Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, que visou auscultar os fazedores das artes cénicas sobre as dificuldades que os mesmos enfrentam, os artistas lamentaram a existência de apenas uma sala na biblioteca provincial.
José Gonga, responsável do grupo teatral The Rock Artes, afirma que enquanto não se constrói salas apropriadas, o governo deve cria espaços alternativos para a exibição de peças teatrais, uma vez existem muitos jovens com vontade de desenvolver as artes cénicas.
Por sua vez, o responsável do grupo teatral Kamba Dya Muenho, Lalas Pedro, considerou que os actores de teatro em Malanje estão organizados, mas a falta de lugares tem condicionado a exibição de peças de teatro, apesar das limitações impostas pela Covid-19.
Já o presidente da associação provincial de teatro, Figueira Domingos, realçou que serão reforçados os contactos junto da direcção da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos no sentido de se encontrar soluções para a problemática da exiguidade de salas de exibição.
Em resposta, o director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Fernandes Cristóvão, disse as preocupações apresentadas serão levadas a consideração do governo a fim de se criar estratégias para a criação de salas solicitadas.
Por outro lado, apelou a proporem medidas que visam contribuir para que o teatro continue a desempenhar o seu papel social enquanto instrumento de combate aos fenómenos negativos que ocorrem na sociedade.
Durante o encontro, os participantes analisaram a situação do teatro, casting para a participação no filme Ngola Kiluanji, renovação de mandato na associação provincial de teatro e festival de teatro.
Actualmente, a província conta com 27 grupos teatrais legalizados pelo Gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos.
