Lisboa (Da correspondente) - O escritor angolano Lopito Feijó apresentou, esta sexta-feira, em Lisboa, a sua obra poética "Inéditos de Satã".
Sob a chancela da Modocromia Editora, o livro conta com mais de 80 páginas e foi escrito no período de confinamento, passados pelo autor em Lisboa, devido a pandemia da Covid-19.
Prefaciado pelo também escritor, poeta e crítico literário, Domingos Lobo, "Inéditos de Satã" conta com uma tiragem de 500 exemplares.
Em declarações à ANGOP, Lopito Feijó fez saber que o livro é uma obra literária que transpira muita confiança e esperança nas acções e comportamentos das gerações vindouras.
Segundo o autor, o livro vem acrescentar à já grande literatura angolana mais um tijolo, continuando a sua marcha rumo a consolidação da construção do edifício cultural de Angola, cuja obra segue imparável.
Por sua vez, o apresentador do livro, Domingos Lobo, salientou que nesta série de poemas os textos, nos quais o autor utiliza palavras terminadas nos fonemas ida ou não, para através delas construir poemas em que a rima se estabelece em contínuo e se compraz num jogo de sonoridades quase sempre de bom efeito, quer rítmico, quer fonético: Mudar de vida/alterar a ida/assumir a corrida/reprogramar a partida/esquecer a preferida/preparar a corrida/e curar a ferida.
"Inéditos de Satã", segundo o prefácio, encontra-se uma respiração mais dúctil, em que o erótico é mais subtil e o lírico sobreleva o conjunto da matéria poemática, expondo o autor a uma outra fragilidade identitária nesse registo em moderato cantabile, ou seja, ressumando uma outra formatação sintáctica e intimista, em que o lado sensitivo do poeta está mais exposto.
Em síntese, trata-se de uma obra literária que transpira muita confiança e esperança nas acções e comportamentos das gerações vindouras.
De recordar que João André da Silva Feijó nasceu em Malanje, a 29 de Setembro de 1963. Estudou Direito em Luanda, na Universidade Agostinho Neto (UAN).
Deputado (reformado) da Assembleia Nacional da República de Angola, é membro fundador da Brigada Jovem de Literatura de Luanda (BJLL/1980) e do Colectivo de Trabalhos Literários OHANDANJI (1984).
Lopito Feijó é igualmente membro da União dos Escritores Angolanos (UEA), onde exerceu o cargo de Secretário das Relações Internacionais.
Actualmente, é o presidente da mesa da Assembleia Geral daquela organização e também, membro da Associação Portuguesa de Poetas e é um dos membros fundadores, da Academia Angolana de Letras (AAL/2016).
Desde 2004, preside à Sociedade Angolana do Direito de Autor (SADIA), dirigindo a Gazeta dos Autores, órgão de divulgação dessa instituição.
Tem livros traduzidos para o francês, inglês e italiano e possui colaboração dispersa em publicações de Angola, Portugal, França, Espanha, Brasil, Estados Unidos da América (EUA), Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Nigéria. EJM/VIC