Luanda - Um livro, que retrata o percurso histórico da plataforma religiosa Aliança Evangélica de Angola (AEA), foi lançado esta quarta-feira, em Luanda, numa iniciativa do seu secretário-geral, Alexandre Saul, em cerimónia ecuménica decorrida na Catedral da igreja Assembleia de Deus Pentecostal (ADP) Maculusso.
A obra, cujo lançamento foi testemunhado por vários líderes religiosos com destaque para o presidente da AEA, Francisco Sebastião, enquadra-se nos quatro eixos definidos pela organização em 2022, nomeadamente o fortalecimento institucional da organização, cooperação interna e externa, advocacia do desenvolvimento do país e formação de quadros.
O livro traz no seu prefácio uma pequena história sobre a fundação da AEA no país e algumas fases pela qual passou para sua afirmação em meio a vários conflitos para independência nacional e sobre a ameaças aos princípios fundamentais do cristianismo na era colonial.
Com 1362 páginas, dividido em cinco capítulos que contam "História da Aliança Evangélica de Angola", "Crescimento e desenvolvimento", "Contribuições para a igreja angolana", "Contribuições para nação angolana" e "Desafios e reflexões", a obra tem neste momento cinco mil cópias disponíveis e está a ser comercializado ao preço de dez mil kwanzas.
Falando à imprensa, Alexandre Saul disse que o objectivo era colocar um testemunho na história da igreja em Angola e levar ao conhecimento de todos os leitores aquilo que é a AEA, os seus feitos, suas fases, suas lutas entre outros.
Salientou que a obra é um retrato da fidelidade de Deus ao longo dos tempos, com um olhar antes da independência aquilo que a igreja fez para formar pessoas, cuja consciência despertou para sair do jugo colonial e antever o que a independência teria como ganho.
Acrescentou terem começado a tratar sobre a elaboração do livro há dez anos, mas que foi somente há um ano que se deu início a escrever com de relatos dos líderes das denominações membros da AEA,
Por sua vez, o presidente da AEA, Francisco Sebastião considerou tratar-se de um feito histórico na vida da organização, por ser pela primeira vez que alguém escreve a sua história ao longo desses anos todos.
Apelou que a iniciativa seja contínua de forma que as futuras gerações saibam do contributo da Aliança Evangélica e o que eles poderão fazer em termos de melhorar o que vão encontrar como acções realizadas.
Na sua visão, este lançamento vai poder inspirar na medida em que as pessoas vão se aperceber ser possível fazer e dar continuidade a partir desta iniciativa, para outras ideias que sejam engrandecedoras da AEA.
Já o primeiro-vice-presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca, reconheceu ser uma instituição que prima além de actividade espiritual, acções sociais ligadas ao ensino e saúde, assim como é uma parceira do Governo.
Congratulou-se pela celebração dos 50 anos da organização, que ao longo desse anos têm realizado várias acções de apoio ao Executivo.
Recordou de várias acções que realizou desde o período de pós independência, defendendo que o Estado olha a AEA como uma parceira que merece ajuda para o bem das comunidades.
Sobre o livro, o político apontou que vai servir para a academia por ter capítulos que são incontornáveis na história de Angola, com elementos fundamentais para se estudar a contribuição da igreja e o sacrifício para atingirem este nível.
Apelou que os estudantes olhassem para o livro como um suporte para sua formação superior acima de tudo. SJ/SEC