Luanda – O escritor angolano José Luís Mendonça, relançou, esta sexta-feira, em Luanda, o livro “As Metamorfose do Elefante”, uma efabulação histórica de Angola do período pós-colonial e actualidade social.
O livro, que conta com textos de diversos gêneros literários, sai pela chancela da Mayamba Editora e possui 200 páginas.
A história vagueia por ilustrações como camaleões, hienas, vaca de fogo preto, cabras voadoras, um falcão de asas redondas e um elefante que, com rostos diferentes, representa o poder, num país moldado pela vendeta do 27 de Maio de 1977, cuja herança maior é uma repressão política desumana.
O escritor que fala sobre as peripécias que marcou uma data da história de Angola independente, com base a personificação de animal, revelada por sonho, sublinha que o livro não é uma reedição da primeira lançada em Portugal, mas o mesmo, uma vez que o público angolano, assim exigia.
José Luís Mendonça personifica ainda a pandemia do Covid-19, que se transformou em um surto como riso, “metade de Luanda tem riso e outra metade não tem”.
Aos leitores, o escritor, que é marcado pela rigorosidade das suas publicações, promete, para breve, caso haja editoras interessadas, a publicação do livro de poesia já terminado com o título “Esse País Chamo Corpo de Mulher”.
José Luís Mendonça nasceu em 1955, no Golungo Alto, província do Cuanza Norte.
É vencedor do prémio Sagrada Esperança, Jogos Florais do Caxinde, Angola Trinta Anos, bem como do Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de Literatura.
José Luís Mendonça publicou os livros: “O reino das Casuarinas”, “Luanda Fica Longe e Outras Estórias Austral”, “Angola, Me Diz Ainda”, “Um canto para Mussuemba”, entre outros.
Em 2018, após ter abandonado a União dos Escritores Angolanos e a Academia Angolana de Letras, refundou o Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, de 1948, pelo resgate do legado dos precursores da Literatura angolana.
Em 2021, venceu o Prémio SADC de Jornalismo, na categoria de Imprensa. ANM/ART