Luanda - Uma sessão de improviso musical (jam session - designação em inglês) marcou, na terça-feira, em Luanda, a abertura da terceira edição do Festival Nacional Angojazz, em palco aberto para o qualquer artista.
O termo “jam”, provém das iniciais das palavras na língua inglês “Jazz After Midinight”, em português “Jazz depois da meia-noite”. Um costume da década de 1950, nos Estados Unidos da América,em que depois da meia noite, ao saírem dos seus concertos, os músicos se reuniam para fazer música improvisada.
O evento foi aberto pela banda organizadora, Angojazz, com uma actuação que mereceu a atenção e aplausos dos mais de 100 espectadores presentes, com canções aleatórias ao ritmo típico do estilo jazz.
A performance contou com o acompanhamento do saxofonista francês da Conexão Internacional Angojazz, Jean-Renan, destaque na actuação colectiva com longas sequências de notas com saxofone, merecendo a ovação do público em pé.
Seguiu-se em palco a artista luso-angolana, Sofia Gracia, com uma actuação com interpretações de canções clássicas do estilo jazz cantadas em inglês com temas como “what’re live”, “somertime” e “I cry my river”, que provocaram a agitação do público.
Para preencher outros momentos do espectáculo, marcado pela apresentação aleatória, porém repleto de criatividade, outros cerca de 20 artistas actuaram, cada um ocupando um instrumento disponível no momento para mostrar as suas habilidades.
Na ocasião, o coordenador do show, John Canga, explicou que o objectivo do projecto é resgatar jovens com talento no jazz, na perspectiva de apoiar com formação gratuita de forma presencial e online.
Por sua vez, o saxofonista Jean-Renan manifestou o desejo de descobrir novos talentos angolanos para passar-lhe o conhecimento e partilhar o palco, vivendo o momento musical de forma espontânea.
Os concertos do festival vão acontecer no Instituto Guimarães Rosa e na Fundação Arte e Cultura entre os dias 10 e 12 e encerram no Palácio de Ferro no dia 14. CPM/ART