Cuito – Oito escritores concorrem para a II edição do Prémio Provincial de Literatura na província do Bié, contra 17 de 2021.
Dos concorrentes, sete são do município do Cuito e um do Andulo.
O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos do Bié, Nelson Calumbo Quintas, falando na cerimónia de entrega oficial das obras concorrentes ao corpo de jurado, acredita que a fraca produção e a complexidade em escrever uma obra estiveram na base da pouca adesão.
Para contrapor a situação, o responsável disse estar em estudo a introdução do prémio de participação, em 2023, para incentivar os escritores a escreverem novas obras.
Já o presidente de júri, professor universitário Hermenegildo Pinto, sublinhou que este ano terão em atenção a qualidade da narrativa, rima, actualidade entre outros critérios.
Fazem ainda parte do jurado Álvaro Alves (primeiro vogal) e Julina Cassinda Barros (segundo vogal).
A divulgação e entrega dos prémios desta segunda edição estavam previstas para 17 deste mês de Setembro, no âmbito das festividades do centenário de nascimento de António Agostinho Neto, mas por várias razões foram remarcadas para o mês da Independência Nacional (Novembro).
O prémio comporta duas categorias, nomeadamente A, que se destina para jovens até 35 anos, e a categoria B (denominado Dr. Fernando Samuel Pequenino), para maiores de 36 anos e escritores conceituados.
Para 2022, o Governo do Bié dispõe de três milhões 926 mil e 440 kwanzas, igual valor da edição passada.
Os vencedores das categorias (A e B) terão como prémio 300 mil kwanzas e direito a reprodução de 300 exemplares das respectivas obras.
A província do Bié controla mais de 100 escritores.
A primeira edição teve como vencedores os escritores Adilson Luís Bumba, na categoria A, com a obra “Os retratos de dor e dulçor”, e Francisco Dias Fany, na classe B, com o livro “Cidade em chamas”.
Ambos receberam como prémios 209 mil kwanzas, assim como 300 exemplares das respectivas obras.