Chicala-Cholohanga – O historiador Festo Sapalo defendeu, este sábado, a necessidade do reforço da divulgação dos monumentos e sítios, com foco na promoção do turismo interno.
O historiador falava durante uma visita turística ao monumento Pedras Candumbo, no município da Chicala-Cholohanga, realizada pelas militantes da OMA na província do Huambo, com o objectivo de encerrar as festividades do 61º aniversário da fundação da organização feminina do MPLA, comemorado a 10 do corrente mês.
Na ocasião, Festo Sapalo disse que a história dos monumentos e sítios, entre arquitectura civil, religiosa, militar e estátuas, requerem maior divulgação nas mais variadas franjas da sociedade, de modo a servir, para além do resgate da identidade cultural, no crescimento do turismo interno, enquanto fontes de receitas públicas.
O historiador enalteceu a iniciativa da OMA em promover o turismo interno, uma acção que visa incentivar a valorização e o interesse pela história da ocupação colonial em Angola.
Recordou que as pedras Candumbo são monumentos naturais e arquitectónicos, que englobam vicissitudes políticas e militares de Angola, por ter sido o local onde decorreu a última batalha de ocupação da província do Huambo, pelo colonialismo português, entre 18 e 19 de Setembro de 1902.
Por seu turno, a secretária adjunta da OMA na província do Huambo, Maria da Conceição Catuvala, disse que a visita turística às pedras Candumbo, para além de encerrar as festividades do aniversário da fundação da OMA, serviu para que as mulheres da organização conhecesse a história da ocupação colonial desta região do Planalto Central de Angola.
Lembrou que durante as jornadas comemorativas, abertas a 09 do corrente mês, foram realizadas, entre outros, uma campanha de doação de sangue, acto político de massa, palestras sobre a história da OMA e campanhas de limpeza.
A OMA foi fundada em 1962 em Leopoldville, actual República Democrática do Congo, por um grupo de mulheres angolanas, filiadas na associação filantrópica denominada “Kudiangó”.
A província do Huambo conta com 126 monumentos e sítios, divididos em arquitectura civil, religiosa, militar, símbolo do poder tradicional e estátuas, com destaque para a Estação Arqueológica do Feti, as pinturas rupestres de Kaninguili, Ombala Mbalundu, Missão do Chilume, montanha Halavala e a estátua do Rei Ekuikui II.