Ndalatando - A exiguidade de material de apoio, de espaço para ensaios e exibição de peças teatrais condiciona o desenvolvimento desta arte cénica na província do Cuanza-Norte, afirmou o encenador e actor Gilson Domingos Francisco.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia da Cultura Nacional (8 de Janeiro), assinalado nesta quarta-feira, Gilson Francisco referiu que em função das dificuldades dos grupos, muitos jovens com potencial estão a abandonar esta arte.
Para o actor, o teatro é uma arte de grande valor pedagógico que ajuda a ilustrar e encontrar soluções para os males que afligem a sociedade.
Na sua óptica, a exibição de peças teatrais em locais públicos contribui para a instrução e educação de muitos jovens, assim como no combate à delinquência juvenil.
Disse que a maior preocupação dos grupos teatrais incide na escassez de salas de espectáculos. Por este facto, o aluguer de um espaço com capacidade de albergar eventos públicos pode rondar em cerca de 50 mil kwanzas.
O 8 de Janeiro foi instituído como Dia da Cultura Nacional em Novembro de 1986, em homenagem ao discurso do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, proferido em 1979, na tomada de posse dos corpos gerentes da União dos Escritores Angolanos, em Luanda.
Na ocasião, o também poeta António Agostinho Neto fez uma abordagem sobre a Cultura Nacional, que passou a ser referência fundamental em todas as discussões sobre esta temática.
A efeméride acontece no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, a serem assinalados no dia 11 de Novembro próximo.
A Independência de Angola, outrora província ultramarina de Portugal, foi proclamada pelo Presidente Agostinho Neto, em 1975. EFM/IMA/OHA