Huambo – Canções e danças ao ritmo do batuque, com mensagens de desencorajamento ao consumo de drogas, delinquência juvenil e a fuga à paternidade, marcam o desfile, deste ano, da fase provincial do Carnaval do Huambo.
Trata-se de 44 grupos, subdivididos em 13 de adultos, 12 infantis, igual número de dança tradicional, para além de seis blocos de animação e um convidado, proveniente da província do Zaire.
Com palco na avenida Alioune Blond Beye, no bairro Académico, no interior da cidade do Huambo, a fase provincial do Entrudo acontece, entre 18 (infantil) e 20 (adultos), sob o lema “Com o Carnaval massifiquemos e fortaleçamos a nossa cultura”.
Dos 44 grupos, 37 vão ser seleccionados a partir dos desfiles municipais, previstos para 11 e 12 de Fevereiro.
Em declarações à ANGOP, José Pedro, representante do grupo Ovinjenje, disse que o grupo pretende aproveitar o desfile do Carnaval para desencorajar, através de canções e cartazes, o consumo de drogas, a delinquência juvenil, a vandalização dos bens públicos, a violência no género e a fuga à paternidade.
Com mais de 85 foliões, para além da avalanche de apoio, disse que o grupo está não apenas a trabalhar para reconquistar o troféu, mas, também, para trazer mensagens de moralização da sociedade, na perspectiva do resgate dos valores éticos, morais e culturais.
Por sua vez, o representante dos grupos Velhas Guardas (adulto) e Nzinga Mbandi (infantil), José Epalanga, disse que trarão mensagens com temas de apoio à educação das crianças de e na rua, ao combate à droga e ao crime, para além de homenagens aos membros da agremiação.
Já a responsável do grupo tradicional Essandjo yo Wini, Bela Essandjo, disse estar confiante na vitória do desfile municipal e, posteriormente, da fase provincial do Carnaval, com os estilos de dança Olondongo e Olonhatcha.
Disse que vai aproveitar o desfile do Carnaval para apelar à não-violência, tanto no lar, como fora dele.
A última edição competitiva realizada em 2020, foi conquistada pelos grupos Ovinjenje (classe de adultos), Nzinga Mbandi (em infantis) e Katyavala do Bailundo, na vertente de dança tradicional.