Mbanza Kongo- As obras de requalificação do complexo desportivo e cultural do Cine Clube Comandante Bula, em Mbanza Kongo, província do Zaire, serão retomadas este ano.
Esta infra-estrutura herdada da época colonial está inoperante há cerca de três anos, altura em que começaram as obras de requalificação e modernização, interrompidas dois meses depois por dificuldades de ordem financeira.
O principal propósito da requalificação era dotar a sua sala de espectáculos, com a capacidade aproximada de 500 lugares, de condições para acolher a cerimónia de abertura da primeira edição do Festival Internacional da Cultura Kongo (Festikongo), em Julho de 2018.
Segundo dados a que a ANGOP teve acesso, o projecto previa, também, a ampliação e modernização do campo multiuso adjacente, com o aumento da capacidade de assentos na sua bancada e consequente cobertura do salão.
De acordo com o director o director do gabinete provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos, André Malufuene, a retomada das obras de reabilitação consta das prioridades para o presente exercício económico.
O responsável reconheceu a importância desta infra-estrutura, frisando que representa um papel de dupla valência nas vertentes cultural e desportiva e um espaço de socialização e entretenimento para crianças e jovens, fundamentalmente.
Enquanto se aguarda pelo reatar das obras, o complexo Cine Clube de Mbanza Kongo é alvo de vandalização.
A fúria dos meliantes recai sobre os corrimãos dourados existentes na sua parte exterior, que estão a ser arrancados, acção que poderá estender-se a outras estruturas caso continue desguarnecido.
Por esta altura, o recinto acolhe o processo de Massificação do Registo Civil e Atribuição do Bilhete de Identidade a nível do município de Mbanza Kongo.
A propósito da requalificação, os jovens aplaudiram retomada das obras de requalificação e modernização do complexo cultural e desportivo local.
Para André Ginga, 25 anos de idade, o complexo voltará a dinamizar as actividades culturais, desportivas e artísticas na região.
Já António Mpengo, 30 anos, defende que o governo deve passar a gestão deste edifício a agentes privados com capacidade financeira, de modo a garantir melhor conservação e gestão.
Por seu turno, Helena Sebastião pediu para se garantir a segurança da infra-estrutura, de modo a se evitar a contínua vandalização das suas estruturas. A interlocutora referiu-se ao considerou de triste cenário, consubstanciado no abandono e vandalização completa do campo multiuso, à céu aberto, localizado na zona das 15 casas, no bairro 04 de Fevereiro.
A cidade de Mbanza Kongo tem uma população estimada em 155 mil habitantes, distribuídos pelos bairros “Sagrada Esperança, Álvaro Buta, Martins Kidito, 04 de Fevereiro e 11 de Novembro.