Governadora quer jovens inspirados em Mandume

     Cultura           
  • Cunene     Quarta, 07 Fevereiro De 2024    13h58  
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Governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa discursa no acto de celebração da morte do Rei Mandume
Governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa discursa no acto de celebração da morte do Rei Mandume
Pedro Manuel-ANGOP
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Governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa visita complexo turístico do Oihole
Governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa visita complexo turístico do Oihole
Pedro Manuel-ANGOP
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Participantes ao acto de celebração da morte do Rei Mandume
Participantes ao acto de celebração da morte do Rei Mandume
Pedro Manuel-ANGOP

Namacunde - A Governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, pediu, esta quarta-feira, em Oihole, aos jovens locais a estarem comprometidos com o conhecimento do percurso do rei Mandume-ya-Ndemufaho, visando a continuidade da história do soberano do Oukwanhama.

A governante fez o apelo durante o acto comemorativo das celebrações dos 107 anos da morte de Mandume, ocorrido a 6 de Fevereiro de 1917, na povoação de Oihole, município de Namacunde.

Na ocasião, Gerdina Didalelwa disse que o exemplo de heroísmo e coragem do soberano deve servir de inspiração das gerações a participarem no desenvolvimento social e económico do país, em particular da província.

Afirmou que este espírito patriótico e bravura, ficou demonstrado pelas forças angolanas em 1981, quando da luta travada contra o regime racistas sul-africano, pela invasão ao território do Cunene.

"Ao comemorarmos esta data devemos manter o compromisso de divulgarmos e preservarmos os seus feitos que marcaram a luta de resistência contra à ocupação colonial na região”, realçou.

Destacou o nível de organização implementado no reinado de Mandume, ao incentivar o povo a alargar as suas lavras para aumentarem a produção e criarem stock de alimentos, visando o combate à fome.

Gerdina Didalelwa apontou alguns problemas que se vivia no reinado e que até os dias actuais continuam, no que diz respeito à seca, tendo na altura orientado a criação de poços de água (cachimbas) para o consumo humano e para o gado.

Por seu turno, o actual rei de Oukwanhama, Jerónimo Haleingue, disse que o 6 de Fevereiro de 1917 deve ser relembrado pelos angolanos.

A majestade lembrou que foi a 2 de Fevereiro de 2019 que o reino de Oukwanhama foi restaurado, após 102 anos da morte, sendo que os desafios passam pelo resgate dos valores culturais.

A efeméride foi marcada com a realização de uma palestra subordinada ao tema “Legado histórico e a visão estratégica de Mandume”, que teve como prelector o pesquisador da história Pedro Tongeni.

Descreveu que o reino travou varias batalhas, com destaque as que tiveram palco nas cachimbas da Môngua é no Oihole, onde num dia como este morreu por suicídio o rei Mandume.

Esclareceu que, tendo em conta as especificidades da região caracterizada de ocorrência de seca cíclica, normalmente as guerras eram travadas nos pontos de água.

Afirmou que o rei foi muito organizado do ponto de vista militar e administrativo e chegou a criar uma liga militar que se juntava com outros reinos da região, para defenderem o território contra a evasão ocupacional.

Pedro Tongeni sublinhou ainda que Mandume ordenou a realização de efiko, festa de puberdade e casamento tradicional nas comunidades, bem como proibiu a venda excessiva de bebidas alcoólicas em certos pontos.

Nascido em 1892, na localidade de Embulunganga, município do Cuanhama, Mandume-ya-Ndemufayo é filho de Ndemufayo ya Haihambo e de Ndapona ya Shikende.

O reino dos Oukwanyama conheceu 18 reis, a destacar Kambungo, Musindi Wakanene, Kavanga Kaindongo, Himbili Ya Aufiko, Weyulu Ya Edimbe, Nande Ya Edimbe, Mandume -Ya -Ndemufayo, entre outros.

Destes reis, 12 foram sepultados no cemitério dos soberanos localizado em Oipembe, nas proximidades da cidade de Ondjiva, e seis em outras zonas do município, incluindo Mandume, em Oihole. PEM/LHE/ART

 

 





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