Lumbala - Nguimbo – O Governador do Moxico, Ernesto Muangala, apelou, esta terça-feira, no município do Lumbala – Nguimbo, aos representantes da corte do reino Mbunda para encontrarem consenso e ultrapassar a crise de liderança que afecta este reino há dois anos.
A crise naquele reino, com 15 milhões de súbditos espalhados por Angola, RDC, Namíbia, África do Sul e Zimbabwe, instalou-se em Dezembro de 2022, após a morte do rei Mwene Mbandu IV, que permaneceu apenas 67 dias na liderança desta monarquia, em substituição do também falecido Mwene Mbandu III, em Julho de 2021.
De lá para cá, o reino tem enfrentado crises para identificação de um sucessor capaz de liderar os destinos do reino.
A última tentativa ocorreu em Agosto último, quando um cidadão zambiano Du Shefu, foi entronizado, supostamente, de forma ilegal como rei do Reino Mbunda.
Após muita contestação pela própria família e outros elementos da corte, que o consideraram como "indivíduo arrogante, com desvio de carácter, falta de princípio de gestão e unificação e tribalista", Du Shefu foi, dias depois, deportado para a Zâmbia, acusado, igualmente, pelas autoridades administrativas, de entrada e permanência ilegal no país.
Com o intuito de se evitar a extinção deste histórico reino, o governador Ernesto Muangala, que efectua uma visita naquela região da província, reiterou o apelo sobre a necessidade de se encontrar consensos, para entronização do novo rei.
“Que haja paz e entendimento na corte, para a entronização do rei Mwene Mbandu V”, disse o governante.
O Reino Mbunda é um dos mais antigos e grandes agrupamentos étnicos da África Austral, está instalado na província do Moxico, precisamente no município do Lumbala- Nguimbo, zona fronteiriça com a Zâmbia. TC/YD