Lubango - Governador da Huíla, Nuno Mahapi, ressaltou hoje, segunda-feira, os feitos de Justino Handanga na afirmação da música em língua nacional e sua contribuição para o reconhecimento da cultura, através de cânticos.
Reagindo à ANGOP, no Lubango, a propósito da morte do artista, por doença, em Luanda, o governador afirmou que Handanga era um “convidado” habitual em actividades culturais da Huíla e, por isso "adorado", devido à sua performance.
Sublinhou que Justino Handanga foi, até então, tido como um dos “pesos-pesados” do cancioneiro nacional, pelo que a classe artística fica “mais pobre” com essa perda, pois é uma das figuras incontornáveis e referenciadas da música angolana, cujo trabalho é apreciado frequentemente em festas de diferentes segmentos etários.
“Perdemos um ícone de vários estilos musicais e um promotor da música popular angolana, que notabilizou-se em músicas cantadas em língua nacional umbundo como bandeira da sua identidade”, - disse.
Handanga participou, em 2005, da 15ª edição do Top dos Mais Queridos da Rádio Nacional de Angola, ficando em 3° lugar, com a conhecida música “Paulina” e, em 2006, ficou em 5° lugar.
Músico do estilo popular iniciou a carreira musical na década de 80, após ter perdido os seus progenitores, aos cinco anos, com a participação no concurso denominado “Pió-Pió”, realizado aos domingos pela Organização de Pioneiros Agostinho Neto (OPA), no município do Bailundo, onde imitava músicos nacionais e internacionais.
O autor dos sucessos como “Ndumbalundo”, “Olonamba”, “Tenho saudades”, “Paulina”, “Carlito” e “Abílio”, ingressou nas fileiras da Polícia Nacional de Angola no dia 10 de Outubro de 1992, após cumprir o serviço militar nas antigas FAPLA. JT/MS