Cacuaco - Mais de 100 expositores participam, desde esta sexta-feira, na sétima edição da Feira Municipal da Cultura e do Turismo de Cacuaco, onde exibem as potencialidades gastronómicas e folclóricas do município, numa iniciativa da administração local.
O evento, a decorrer até domingo (8), reúne, na Escola Nacional de Formação de Técnicos de Serviço Social (ENFOTSS), agentes culturas, igrejas e pequenos investidores que exibem as potencialidades do município nestes três domínios.
Segundo o director do Turismo e Cultura do Município de Cacuaco, Henrique Neves, o encontro, realizado anualmente às vésperas do Dia da Cultura Nacional (8 de Janeiro), serve para expor as nuances do modo de ser e de estar dos naturais da localidade.
“As autoridades do município estão empenhadas em divulgar e a passar para as gerações mais novas a tradição e a cultura dos habitantes desta localidade. É uma forma de perpetuar o estilo de vida dos primeiros habitantes desta região que, com o passar do tempo, evoluiu para mais de um milhão e 600 mil habitantes”, argumentou.
No local, estão expostos diferentes pratos característicos da região, vestimentas típicas da região de Cacuaco, além da exibição dos chingangis, (homens vestidos com fatos feitos de palha e outros materiais, com máscaras e que, segundo a mística nacional, possuem poderes sobrenaturais).
A feirante Anastácia Pama disse, em declarações à ANGOP, que o momento representa uma oportunidade singular para defender o modo de vida dos habitantes da localidade, “posta constantemente à prova pelo êxodo populacional e pela expressão agressiva das tecnologias de informação”.
“Vivo em Cacuaco há mais de 40 anos e tenho assistido a evolução desta localidade em todos os domínios. É necessário defendermos com toda a nossa força a identidade cultural do município, e feiras como esta são importantes para nós que nos preocupamos com a cultura local”, explicou.
Instituído em 1986, em homenagem ao discurso do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, por ocasião da tomada de posse dos membros da União dos Escritores Angolanos (UEA), em 1979, o 8 de Janeiro, Dia da Cultura Nacional, é um símbolo comemorativo dos angolanos.