Luanda - O cantor e compositor angolano Euclides da Lomba realizará um espectáculo, no dia 14 deste mês, em Luanda, alusivo ao dia dos namorados (São Valentim), numa promoção da Casa 70, anunciou o músico.
Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, o autor de “Falso confidente” e "Buscando seu corpo” referiu que vai estar em palco a partir das 21 horas, num ambiente romântico com jantar à luz de velas e com suporte musical da Banda Maravilha.
Programado, esclareceu, para decorrer em duas horas, Euclides da Lomba prevê mostrar a sua extensão como cantor, com um repertório de estilos variados como da américa latina, pela música angolana e brasileira.
Explicou estar a ser fácil a preparação e selecção das músicas, porque já tem trabalhado com a Banda Maravilha, logo há uma harmonia e sincronia durante os ensaios que decorrem todos os dias em função do seu longo percurso musical.
Questionado sobre o estado da cultura angolana, enquanto director Nacional da Cultura, salientou haver muito ainda por se fazer, pois não se deve pensar no artista depois do trabalho, mas sim antes e durante, fazê-lo crescer e potenciá-lo.
No seu entender tem que se garantir a profissionalização da cultura e das artes, por haver dificuldades na circulação de bens e serviços para estas áreas, falta de garantia do mercado de consumo de bens e serviços culturais.
Para si, ainda é responsabilidade do Estado garantir essa circulação, permitir várias opções de actividades culturais nas restantes províncias do país, à semelhança do que vai acontecer em Luanda no dia dos namorados.
Lembrou dos eventos como FestiSumbe e Festicalulo e lançou o desafio aos governadores provinciais a realizarem pelo menos um festival por ano em alguma das áreas da cultura nacional.
Reconheceu haver no país bons artistas, composições com qualidade e cuidadosas capazes de defender a bandeira nacional dentro e fora do país, bem como suficientes para granjear respeito dos artistas estrangeiros.
Apontou que se deve exportar a música nacional para outros pontos do mundo, assim como os promotores de eventos têm importado para o país artistas de outros continentes.
Para a directora de evento, Rosa Matias, o convida do, Euclides da Lomba, é um amigo da casa 70 e cantar o amor, para com o suporte da Banda Maravilha combinar o ambiente com músicas sobre o amor que também fazem parte do seu repertório.
Explicou que a duração tem haver com uma regra da casa "para saber a pouco", para estar à altura do público alvo, porque mais horas com apenas um cantor pode se tornar cansativo.
Natural de Cabinda, Euclides Barros da Lomba começou a sua carreira musical como trovador, em 1984, em Cuba, onde fez a sua formação académica.
Estreou-se no mercado com o disco “Livre Serás”, 1998, tendo lançado ainda as obras “Desejo Malandro”, “Recado no Semba” e o “País que Venero”.