Sumbe – A especialista francesa em peças de arte Isis Feliph defendeu, esta terça-feira, no município do Ebo (Cuanza Sul), maior preservação e divulgação das pinturas rupestres de Ndalambiri, devido à sua importância como património cultural do povo angolano.
Em declarações à imprensa, no final da visita de uma delegação de especialistas franceses ao monumento, a porta-voz da comitiva referiu que as pinturas rupestres de Ndalambiri constituem um recanto muito rico em pintura, razão pela qual devem ser mais valorizadas.
“Deve-se preservar e divulgar mais este monumento, de maneira a não ser invadido nem abandonado, pois constitui um recanto sem igual e maravilhoso em pintura. Este local deve ser bem aproveitado porque é um património do povo angolano”, salientou.
Por seu turno, a directora do Museu Nacional de Arqueologia, Maria Helena Benjamim, adiantou que a visita dos especialistas franceses serviu para avaliar o estado actual do monumento, assim como traçar estratégias para a sua preservação e divulgação.
“Esta visita tem como objectivo mostrar a realidade dos monumentos e sítios aos especialistas franceses, de modo a elaborarem um estudo profundo para garantir o seu valor histórico e material. Este local faz parte da nossa cultura, não é só da população do Ebo mas de todos os angolanos, logo temos que ter cuidado redobrado para a sua conservação”, frisou.
Actualmente estão identificados 15 sítios com pinturas rupestres no município do Ebo.
Desses, a equipa do “Projecto Ebo” fez o registo de nove e estão a ser estudados em pormenor três abrigos com pinturas rupestres (os primeiros a serem registados no âmbito deste projecto) – Dalambiri, Cumbira e Caiombo.
A aldeia de Dalambiri fica a cerca de 11 quilómetros a Norte/Nordeste do centro do Ebo.
O abrigo, situado a uma altitude de 1.348 metros, num grande inselberg granítico, está orientado para Oeste.