Malanje- O escritor Kibuku Kiajinje enalteceu hoje, quinta-feira, o contributo do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, no engajamento da população na luta de libertação nacional, transformação social e consolidação da unidade entre os angolanos, através da literatura.
O também promotor cultural considerou que os poemas de Agostinho Neto tinham como base a realidade angolana e transmitiam as dores, esperanças e sonhos de um povo oprimido, aspectos que se revelaram cruciais para a formação da consciência cultural e política do movimento de libertação do país do jugo colonial.
Em entrevista à ANGOP a propósito do 102.º aniversário do Fundador da Nação e do Dia do Herói Nacional, a assinalar-se a 17 deste mês, o interlocutor frisou que, para a juventude, o Poeta Maior representa a voz da resistência, coragem e da convicção numa Angola próspera e transformada.
“Neto conseguiu dar voz à luta de um povo, promovendo o orgulho na cultura angolana e elevando-a ao patamar internacional”, acrescentou.
Defendeu a contínua divulgação da vida e obra de Neto, de modo a permitir que as gerações mais novas explorem as suas distintas facetas e se perpetue o seu legado.
No mesmo diapasão alinha o coordenador do Movimento Lev´Arte em Malanje, Nelson dos Anjos, que se mostra a favor da tradução do conjunto das obras de Agostinho Neto em diversas línguas, para ampliar o seu alcance.
Reiterou que, por intermédio da escrita, Neto conseguiu promover e consolidar a cultura angolana, bem como denunciar injustiças sociais e reforçar o sentimento de pertença à pátria angolana.
“Neto apoiou-se na literatura para inspirar movimentos sociais e educar as populações sobre a importância da liberdade e da autodeterminação”, vincou.
António Agostinho Neto foi um médico, escritor e político angolano, nascido em 1922, na aldeia de Kaxixane, Icolo e Bengo.
Foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola e em 1975 tornou-se o primeiro Presidente de Angola até 1979, data da sua morte. ACC/NC/PBC