Ombadja – O primeiro encontro metodológico da cultura realizado, no fim-de-semana, no município de Ombadja, província do Cunene, recomendou maior rigor na legalização de igrejas, para que a sua actividade esteja virada para a moralização da sociedade.
A província do Cunene conta com 47 igrejas reconhecidas e 18 que deram entrada de processos ao gabinete provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, para sua legalização.
Os participantes ao encontro, que abordou, entre outros temas, o fenômeno religioso na província do Cunene, afirmaram que, além da documentação exigida, os pastores das novas igrejas devem apresentar o certificado da formação em teologia, que o qualifica como capaz de exercer a actividade.
"Têm surgido algumas igrejas que não se apegam ao evangelho, resgate dos valores morais e moralização das famílias, promovendo acções duvidosas que mancham o nome de Deus”, consta do comunicado final.
Por outro lado, os participantes defendem que as administrações municipais devem localizar e propor a classificação dos monumentos e sítios, criação de comités municipais de protecção do património cultural, para a sua preservação, e aposta na formação dos fazedores da cultura.
Na ocasião, o director da Cultura no Cunene, Marcelino dos Santos Guilherme, disse que o primeiro encontro metodológico serviu para reflectir sobre a transversalidade cultural angolana face às actuais exigências.
Marcelino dos Santos Guilherme apelou os antropólogos e historiadores a intensificar pesquisas sobre a história colonial no Cunene, para ser inscrita e transmitida às gerações seguintes.
O certame abordou temas como “o processo de inscrição de bens culturais e sua classificação”, “autoridades do poder tradicional e sua relação com o governo”, “regulamentação das actividades de espectáculos e divertimentos públicos”, bem como “processo de cadastramento dos artistas e registo da propriedade Intelectual”.