Luanda - Embaixadores da Argélia, China Coreia do Sul e Turquia e participaram da primeira sessão internacional de declamação de poesia, promovida, na quinta-feira, em Luanda, pela Fundação António Agostinho Neto (FAAN).
A iniciativa contou com representante da embaixada da Espanha, incidiu na declamação de poemas do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, no quadro dos 50 anos da independência do país.
O programa da homenagem ao fundador começou com uma canção em Kimbundu que destacou o poema “O caminho do Mato”, de Agostinho Neto, interpretado pelo poeta angolano Júlio Gil.
Na ocasião, o embaixador da Coreia do Sul em Angola, Kwang- Jim Chei, recitou "Poema para Todos" e “Um Aniversário”, da autoria do fundador da nação angolana, acto que comoveu o público presente no evento.
Ao falar à margem da actividade, o embaixador disse que os livros de Agostinho Neto, traduzidos em coreano, ajudam a conhecer o pensamento do médico, político e poeta angolano.
“A sua poesia não é apenas um símbolo patriótico para Angola, mas também uma base sólida para realizações entre os dois países”, explicou o diplomata.
Kwang Jin Chei destacou que o evento é bastante significativo para a comunidade internacional, porquanto possibilita ao mundo compreender o patriotismo e humanidade de Agostinho Neto.
Durante o evento, o embaixador da República da China, Yu Changyang, declamou a poesia "Adeus a hora da largada", do primeiro Presidente de Angola.
A seguir, o embaixador da Argélia, Abdelhakim Mihoubi, recitou o poema "Havemos de voltar" em Árabe.
Descreveu a figura de Neto como sendo um homem que teve um papel fundamental na luta de libertação, tendo-o considerado um exemplo a seguir.
Disse que na Argélia, Agostinho Neto é tido como um “grande homem e guerreio”, com um legado impactante para o continente africano.
Nesta senda, o embaixador da Turquia, Mustafa Celik, considerou uma honra participar numa actividade que destaca os feitos do fundador de Angola.
O diplomata informou que na Turquia têm traduzido os poemas para a língua local desse país.
Já o encarregado de negócios e ministro conselheiro da embaixada da Nicarágua, Carlos Aguiar, disse que admira muito a poesia de Agostinho Neto, por ter alguma semelhança com a poesia feita no seu país.
“Eu tive contacto com a poesia de Agostinho desde criança. Na Nicarágua, nós aprendemos a sua poesia nas escolas e nas universidades”, explicou.
Defendeu a necessidade de se continuar a divulgar os poemas do herói nacional em todo mundo, para expandir as suas obras.
O representante da República da Espanha, Rogé Gonzales, também declamou poemas do livro Sagrada Esperança.
A indiana Khayat Doshe, residente em Angola, também levou as pessoas à reflexão com os poemas "Adeus a hora da largada" e "Havemos de voltar", feito em Hindi, uma das línguas oficiais do seu país de origem.
A também residente em Angola, Alléssia Franquilo, da República Italiana, recitou em sua língua nativa o poema "Caminho das estrelas e Sombra".
O evento contou com uma exposição de diversos livros do fundador da Nação, traduzidos em Mandarim, Coreano, Inglês, Francês, Árabe, entre outras línguas.
A sessão internacional de declamação de poesia agregou vários embaixadores do continente africano, americano, europeu, bem como escritores e poetas.
A actividade enquadra-se nos 50 anos da independência de Angola, a serem assinalados a 11 de Novembro de 2025.
A independência de Angola foi proclamada a 11 de Novembro de 1975, pelo nacionalista António Agostinho Neto que se tornou no primeiro Presidente da República Popular de Angola. AMC/OHA