Luanda - O director Executivo da 2ª Edição da Bienal da Paz, embaixador Diekumpuna Sita José, abordou, nesta sexta-feira, questões estratégicas e operacionais com a comissária da promoção do género e desenvolvimento humano e social da Comunidade Económica dos Estados da África Central, Yvette Ngadu.
A segunda edição da Bienal de Luanda - Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz está marcada para Setembro deste ano.
Durante a audiência foram abordadas questões relacionadas com a intervenção da organização regional na captação de apoios e parceiros que contribuam para a concretização do sucesso do evento regional, que está sob a responsabilidade repartida de Angola, da Unesco e União Africana.
Segundo Sita José, Yvette Ngadu manifestou disponibilidade da organização regional em ajudar na mobilização de parceiros e recolha de iniciativas para uma participação mais alargada dos países africanos no encontro cultural de maior projecção anual.
O diplomata angolano avançou que o conceito da segunda edição vai girar em torno da cultura, património e a paz como contributo para uma África mais sustentável e unida.
O evento, uma realização tripartida (Angola, União Africana e UNESCO) visa promover a harmonia e a irmandade entre os povos através de actividades e manifestações culturais e cívicas, com a integração das elites africanas e representantes da sociedade civil, autoridades tradicionais e religiosas, assim como intelectuais, artistas e desportistas.
A bienal visa ainda estabelecer uma cooperação cada vez mais estreita com a Unesco, com vista a promoção de uma verdadeira cultura de paz em África.
A 1.ª edição realizada de 18 a 22 de Setembro de 2019 reuniu 16 países africanos e 600 participantes internacionais, com a temática de compromisso com a paz e o desenvolvimento sustentável.
Trata-se de uma plataforma para promover a diversidade cultural e a unidade africana, um lugar propício para intercâmbios culturais e intra-africanos, sendo uma reunião especial, que reúne a cada dois anos actores e parceiros de um movimento pan-africano para a prevenção da violência e dos conflitos e a consolidação da paz.
A coordenação da Bienal 2021 estabelecida em Decreto Presidencial é da ministra de Estado da Área Social, Carolina Cerqueira, que, em 2019, foi signatária, na qualidade de então ministra da Cultura, em Paris, do Acordo com a Unesco sobre a responsabilidade das partes na realização da Bienal da Paz.