Luanda – O teatro angolano, nos tempos actuais, já nos apresenta uma série de qualidades fruto de bons grupos que exibem espectáculos aliciantes, destacou, esta quarta-feira, em Luanda, o director nacional do projecto Angola Lê, Luvumbu Garcia.
Segundo o responsável, que falava à ANGOP a propósito do Dia da Cultura Nacional , 8 de Janeiro, que se assinala hoje (quarta-feira), já é possível ver o crescimento do teatro angolano a nível nacional.
Dentre vários grupos que têm propiciado bons espectáculos ao público, a fonte citou o Horizonte Njinga Mbandi e Vozes de África, este último localizado na província de Luanda.
No entanto, apelou ao Governo angolano a prestar mais atenção aos grupos teatrais, dando mais abertura aos novos talentos na área teatral.
Ainda nesta senda, também apelou aos agentes culturais a não medir esforços em patrocinar os grupos ligados às manifestações artísticas.
Conforme ainda o responsável, o teatro é uma manifestação artística, um fenómeno cultural de vários povos e remonta às sociedades primitivas.
Acrescentou que a consagração da independência de Angola, deu um grande avanço no teatro, dando renascimento a esta actividade que estava sobre o regime colonial português.
Recordou que em 1977, os cubanos deram a primeira formação de teatro em Angola, onde teve vários participantes como Roberto Figueira, Maria da Graça, Noa Weto, entre outros.
Frisou que um dos principais objectivos desta formação era capacitar os fazedores de teatro daquela época a fim de dinamizarem o teatro nas escolas, bairros, fábricas e mercados.
Luvumbu Garcia destacou ainda o papel da Televisão Pública de Angola (TPA), que também auxiliou a promoção do teatro nos anos 80 com o programa “Tarde Cultural”, liderado na altura por António de Oliveira, Armando Pereira e Salvador Pereira.
“Um dos maiores festivais clássicos que aconteceu em Angola pós-independência é o Festival Nacional da Cultura (FENACULT) em 1981 na província de Benguela”, asseverou
O acto central do Dia da Cultura Nacional que hoje (quarta-feira) se assinala, acontece na província do Huambo.
A data foi estabelecida em 1986 em homenagem ao discurso do primeiro Presidente do país, António Agostinho Neto, durante a tomada de posse dos corpos gerentes da União dos Escritores Angolanos (UEA), em 1979.
No discurso, António Agostinho Neto defendeu que "desenvolver a cultura não significa submetê-la a outras".
A efeméride acontece no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, a serem assinalados no dia 11 de Novembro próximo.
A Independência de Angola, outrora província ultramarina de Portugal, foi proclamada pelo Presidente Agostinho Neto, em 1975. AMC/SEC