Luanda - O antigo embaixador de Cuba em Angola, Oscar Oramas Oliva, apresentou esta semana o seu livro “Doutor António Agostinho Neto, um homem excepcional do seu tempo" nas províncias cubanas de Santiago de Cuba, Camaguey e Granma”.
A informação vem expressa numa nota de imprensa distribuída, neste sábado, à Angop, referindo que a obra, relacionada com o primeiro Presidente de Angola, é um ensaio que resulta da investigação e memórias do ex-diplomata, juntamente com testemunhos de quem conheceu e esteve próximo do líder angolano.
Nas 176 páginas, Oramas salienta que “ o pai da Pátria Angolana não pôde exercer a profissão de médico, mas a que exerceu curou a alma de um povo colonizado”.
“ Neto, ao longo da sua fecunda existência trabalhou pela sua Sagrada Esperança: a independência de Angola; sua paciência, tenacidade e firmeza”, refere o autor.
Mostra-se convicto de que a luta em Angola por ideais e sonhos que ultrapassavam as fronteiras de Cabinda ao Cunene, foram a chave essencial para o acerto do seu rumo à frente do seu país em momentos sombrios.
Oscar Oramas, que se assume como um africanista, demonstra ainda no seu ensaio, que Neto foi um gigante do pensamento e da práxis mais revolucionária, antes e depois da independência e foi e é, exemplo de estreita amizade com o povo cubano, especialmente com o ex líder da revolução Cubana, Fidel Castro Ruz.
Em Santiago de Cuba, a plateia preenchida por intelectuais e ex-combatentes internacionalistas, assistiu igualmente pela primeira vez um documentário sobre alguns dos momentos cruciais da história recente de Angola de um outro conhecedor das terras angolanas, o jornalista e realizador da TV cubana, Milton Díaz-Cánter, também autor do prólogo de “Doutor António Agostinho, um homem excepcional”.
Oscar Oramas Oliva é mestre em História de Arte, escritor e foi o primeiro Embaixador de Cuba em Angola. É ainda autor de vários livros sobre o processo de descolonização em África e sobre personalidades políticas do continente berço, trajectória que faz dele um profundo conhecedor do assunto.
A obra do diplomata cubano já foi apresentada nas províncias de Guantanamo e em Havana e, provavelmente, no início de 2023 seja lançado em Angola, em português.