Ondjiva- A conservação, preservação e valorização do património cultural dos grupos étnicos linguísticos da província do Cunene, estará assegurada com a criação do primeiro núcleo museológico, em fase de instalação na cidade de Ondjiva.
A informação foi prestada esta terça-feira à ANGOP, pelo director do gabinete do Turismo, Cultura e Juventude e Desporto do Cunene, Nelson Ndilimukuata, realçando que actualmente decorre o processo de recolha e aquisição das peças museológicas, dos vários povos desta região.
Disse serem peças que identificam a cultura dos povos da região e de outros patrimónios culturais nacionais, constituído num dos meios para que o património histórico-cultural seja preservado.
Esclareceu que o núcleo irá funcionar no segundo piso do edifício da Casa da Cultura e constitui uma “mais-valia”, naquilo que é a garantia da preservação do acervo do mosaico sócio-cultural dos grupos etno-linguísticos locais.
Nelson Ndilimukuata destacou a importância da preservação dos hábitos e costumes, da identidade cultural do Cunene, visto ser um património deixado pelos antepassados.
De realçar que a província do Cunene dispõe identidade única etnolinguística (Herero, Nhanecas e Ovambos), incluindo os povos não bantus como Koisans e Vátuas considerados como pré-bantus.
A composição dos grupos, subdivide-se nos Hereros Himbas, Muakahonas, Mundimbas que habitam exclusivamente no município do Curoca, Nhanekas Humbe com os subgrupos Mungambwes, Muhumbi, Muhanda e Ovambos Muvales e Mumbadja.
A par dos grupos o destaque recai para os hábitos e costumes preservados e história da resistência à ocupação colonial.
