Luanda - O ministro da Cultura e Turismo (Mincultur), Filipe Zau, considerou hoje, quarta-feira, em Luanda, fundamental o engajamento do sector privado para que a empregabilidade no seio artístico cresça em termos quantitativos e qualitativos.
O ministro fez este pronunciamento por ocasião da assinatura do memorando de entendimento entre a União Nacional dos Artistas e Compositores Sociedade Anónima (UNAC) e a Associação de Hotéis e Resorts de Angola (AHRA).
Filipe Zau ressaltou que este engajamento vai contribuir para a obtenção garantida de rendimento dos artistas, assim como possam viver desta arte, colocando à disposição da sociedade angolana e dos amantes da cultura produtos de melhor qualidade.
No seu entender, o sector hoteleiro figura-se como um dos agentes do sector privado que tem esse papel, pelo volume de pessoas, negócios que o envolve e pelo que representa para o Turismo.
Salientou que a assinatura do memorando é muito relevante para a existência de uma Agenda Cultural permanente nos hotéis, resorts e similares do país, pois permitirá aos artistas disporem de espaços para a exibição das suas criações.
Referiu ser uma mais-valia para os utentes dessas unidades hoteleiras, na qual poderão dispor de descanso, lazer, música ao vivo, peça de teatro, salas de dança, apreciar, adquirir obras de arte e artesanato num mesmo espaço.
Explicou que esta agenda cultural trará benefícios para os hotéis, uma vez que a qualidade dos artistas em cartaz contribuirá para o aumento das taxas de ocupação, que, por sua vez, garantirá a permanência, aumento da mão-de-obra do sector do turismo e de receita.
Por outro lado, frisou que a melhoria da qualidade de serviços hoteleiros exigirão o aumento do nível de formação técnica dos seus funcionários, nas mais diversas áreas, pelo que considerou necessário que essa componente seja inserida em todas as etapas de implementação do presente diploma para garantir o seu êxito.
Sobre o memorando, afirmou que este cria a perspectiva de aumento em termos quantitativos e qualitativos de emprego, para os dois sectores, tendo em conta que agenda cultural será um produto a mais para as agências de viagens, guias turísticos, hotéis, resorts, restaurantes e todos os intervenientes na área.
Garantiu ser um cenário satisfatório, que ao mesmo tempo aumenta as suas responsabilidades em termos institucionais, apesar de não estarem entre os signatários.
Adiantou que em breve estarão disponíveis salas de cinema, espectáculos, em construção e renovação em algumas províncias, para que os artistas possam usufruir de uma rede de infra-estruturas modernas para o seu trabalho, com garantia de rendimento e acesso à cultura e ao lazer por parte de todos.
Nesta perspectiva, afirmou que está, para breve, o Centro Cultural do Huambo, a maior infraestrutura do país, e o Palácio da Música e do Teatro, que em breve, será lançada a primeira pedra.GIZ/MAG