Luanda – O conjunto musical nacional Angola 70, com as “quetas e passadas do antigamente”, fez vibrar sábado, no Cine São Paulo, em Luanda, os mil espectadores presentes no primeiro dia do Festival Internacional “Goethe Institut”, instituto cultural alemão, em Angola.
No espectáculo denominado “O futuro já era" , os artistas cantaram com o público cerca de 20 temas musicais dos anos 60, 70 e 80, que marcam a história da música angolana.
O show contou com a performance de Teddy Nsingi, Joãozinho Morgado, Botto Trindade, Raúl Tollingas e Dulce Trindade integrantes do grupo musical e teve como atracção especial os artistas Mias Galhetas, Bucho Brás e Legalize e Brando.
De acordo com o coordenador do projecto, Ilídio Brás, o festival visa celebrar os 15 anos de actuação do instituto cultural alemão, em Luanda, e vai acontecer durante 30 dias com diversificação de actividades como espectáculos musicais, dança e teatro.
O evento, disse, contará com a participação de 77 artistas nacionais e internacionais, bem com serão realizados debates temáticos sobre diversos sectores com especialistas nacionais e estrangeiros.
A abertura das festividades ficou igualmente marcado com uma exposição de 30 fotografias de salas de cinema do país, intitulada “ A história das salas de Cinema de Angola”, do artista angolano Walter Fernandes e com a exibição da peça teatral "Mujumbos" do cineasta Mussunda Nzombo.
Segundo Walter Fernandes, a exposição é um retrato da estrutura arquitetónica singular de 45 salas de cinema do país, comparadas com outras geografias mundiais.
Ao presidir a cerimónia de abertura do festival, a directora provincial de Luanda da Cultura, Tatiana Mbuta, considerou o projecto como uma representação cultural multidimensional que contribui para o intercâmbio cultural.
Por sua vez, a representante da embaixada alemã em Angola, Regina Guttenberg, disse que este é o primeiro festival a acontecer na África Lusófona, desde a criação do projecto em 2009.OPF/ASS