Luanda - Alguns compositores e músicos nacionais defenderam , em Luanda maior fiscalização nos conteúdos musicais transmitidos nos órgãos de Comunicação Social, de modos a minimizar a transmissão de músicas com mensagens não abonatórias.
O facto foi expresso pelo coordenador de música do Instituto Politécnico de Artes (CEARTE), Miranda Domingos, quando falava à ANGOP no quadro das celebrações do 10º aniversário deste órgão (segunda-feira) e do Dia da Cultura Nacional, 8 de Janeiro, hoje (quarta-feira).
De acordo com o responsável, a música nacional tem estado a ganhar espaço no país e na diáspora, facto que “orgulha” os angolanos com destaque para os produtores, mas considera necessário um olhar especial para a nova geração.
"Houve durante muito tempo e até agora acontece, muitos artistas preferem ganhar notoriedade usando palavras obscenas e ofensivas para chamar atenção", precisou.
Para o director-geral do CEARTE e especialista em música, Gaspar Agostinho Neto, as músicas típicas angolanas com destaque para as folclóricas têm se destacado muito no mercado nacional.
"(…) existem muitos jovens também a produzirem música folclórica, música tradicional, mas por falta de apoio vão desistindo aos poucos", realçou.
Gaspar Agostinho Neto defende maior abertura na Comunicação Social, nos programas para que os músicos da nova geração possam desenvolver a música folclórica.
A insuficiência de locais para realização de concertos musicais, shows, a vulnerabilidade do mercado e a falta de indústria musical constitui “quebra cabeça” dos produtores musicais e de eventos, de acordo com Manuel Fiel.
"Ausência de mercado torna os músicos pedintes, atrapalhando a dedicação deles para procurar outros ofícios " esclareceu.
O Produtor de Eventos e alguns músicos reconheceram o crescimento da produção musical no país, mas apela para maior abertura e oportunidades dos músicos de outras províncias mais recônditas , MEL/SEC