Luanda - O novo centro cultural de Luanda será erguido no espaço onde funcionava o mercado do Roque Santeiro, anunciou esta segunda-feira, na capital angolana, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau.
Segundo o governante, em entrevista ao Jornal de Angola, no mesmo espaço será erguido o Museu da Resistência, no sentido de jogarem um papel importante na promoção do circuito cultural.
O ministro referiu que Angola é um país multicultural, cujas culturas, em princípio, devem ser promovidas de forma horizontal.
O objectivo é dar também espaços aos outros artistas, disse o ministro, para quem há necessidade de desconcentrar a ideia de que o artista só sobressai em Luanda.
Filipe Zau disse ainda que um dos desafios deste ano será inscrever o Semba na lista do Património Mundial.
Neste sentido, informou que um representante da UNESCO esteve em Angola e trabalhou com os músicos Carlos Lamartine, Dionísio Rocha, Marito Furtado (Banda Maravilha) e o Instituto do Património Cultural.
O ministro falou também sobre a recuperação de cerca de cem peças da cultura angolana e de uma cadeira do século XVII ou XVIII, que saíram ilegalmente do país.
Salientou que os meios recuperados serão colocados num museu.
Conforme o ministro, decorre o processo de solicitação de devolução de outras peças que estão em museus no estrangeiro, numa recomendação das Nações Unidas, nomeadamente pela UNESCO.
O Dia da Cultura Nacional foi instituído em 1986, em homenagem ao discurso pronunciado pelo primeiro Presidente angolano e fundador da Nação, António Agostinho Neto, por ocasião da tomada de posse dos corpos gerentes da União dos Escritores Angolanos (UEA). ANM/OHA