Talatona - O Complexo das Escolas de Arte – CEARTE colocou, ao longo dos 10 anos de existência, mais de trezentos profissionais no mercado de trabalho em vários sectores da arte.
A informação foi prestada, nesta segunda-feira, em Luanda, pelo director da instituição, Gaspar Agostinho Neto, quando fazia o discurso do 10º aniversário do instituto, assinalados hoje.
O director augurou que no presente ano, 2025, o instituto prevê formar 197 novos alunos, em 23 cursos, o que representará a quarta geração de profissionais da área artística, distribuídos em cinco áreas de formação, sendo artes plásticas, cinema, dança, música e teatro.
De acordo com o responsável, o CEARTE tem marcado passos significativos no desenvolvimento da Cultura e da Arte, com a exigência e qualidade dos formandos, apesar dos desafios económicos enfrentados pela instituição.
Afirmou que pesar das dificuldades, o instituto médio, conseguiu fortalecer o corpo docente, com a contratação de 109 novos professores, o que ampliou, melhorou a qualidade do ensino e a oferta de disciplinas para os estudantes.
Apontou ainda, as dificuldades de transporte, a situação geográfica da escola, localizada na Camama, situação que tem dificultado o acesso dos alunos, especialmente os que saem de outras províncias e municípios, sendo que o complexos conta apenas com dois autocarros e apoio do Ministério da Cultura. “A falta de internato obriga muitos estudantes a se acomodarem em casas de familiares”, disse.
Em termos de recursos materiais, frisou que a escola regista escassez de equipamentos laboratoriais, bibliográficos e informáticos, itens que são adquiridos no estrangeiro, o que representa um custo elevado.
Enfatizou ainda, o abandono escolar, a vandalização dos bens públicos e a falta de energia eléctrica em alguns momentos, como desafios diários que devem ser ultrapassados para o bom funcionamento da instituição.
Disse que os profissionais formados em artes plásticas podem actuar em áreas como direcções nacionais e provinciais, projectos arquitetónicos e paisagísticos, ou até mesmo no Sistema de Identificação Criminal (SIC).
Elencou que os formados em cinema podem trabalhar em estúdios, como operadores de câmera ou produtores, enquanto os alunos de música encontram oportunidades em escolas, orquestras, entre outros.
A instituição conta actualmente com O Ensino das Artes em Angola começou as suas actividades em 1976 com o Conselho Nacional da Cultura, hoje como CEARTE conta com mais de 60 salas de aula, um auditórios e um anfiteatro e mil e 86 alunos matriculados.
Fundado em 2015, tem se consolidado como uma referência na formação de artistas nas mais diversas áreas criativas, tendo como objectivo promover o desenvolvimento cultural e incentivar a criatividade e as habilidades técnicas dos jovens, preparando-os para contribuir com o mercado artístico nacional e internacional. GIZ/MAG