Luanda - O União Estrela Kazucuta do Cazenga apresentou, este domingo, em Luanda, os feitos do município durante os 50 anos de independência Nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro próximo.
O grupo participou do desfile da Classe B do carnaval de Luanda, que este ano está inserido nas festividades dos 50 anos da independência de Angola.
Na presente edição, a agremiação trouxe um carro alegórico com o Monumento dos Heróis do 4 de Fevereiro de 1961, erguido no município do Cazenga.
Ao ritmo do Kazukuta, o grupo levou ao delírio dos presentes na Nova Marginal de Luanda, local que acolhe de 1 a 3 de Março a edição do Carnaval 2025.
A agremiação teve como cores preto , branco, azul e vermelho, contando com 300 membros com idades compreendidas entre oito e 50 anos.
Fundado a 17 de Julho de 2022, o grupo teve como comandante Lucas Manuel, rainha Rosa Maria Constantino e o rei Manuel Pedro.
O título da música foi “Cazenga”, interpretada e cantada pelo músico Índio do Samba.
A presente edição decorre desde 1 até 3 de Março, com a participação de 39 grupos carnavalescos, tendo a classe infantil sido a primeira e a classe B a seguir e encerra com exibição de grupos da classe A, que recorrem aos estilos semba, kabetula, kazukuta e dizanda para animar os presentes.
O Carnaval é uma festa popular tradicionalmente cristã, apesar de algumas de suas características remontarem a celebrações realizadas por diferentes povos pagãos na Idade Antiga.
A relação entre o Carnaval e o Cristianismo está na proposta da igreja de canalizar os “impulsos carnais” dos fiéis em uma data apenas, para, depois, impô-los um período de restrição e jejum, actualmente conhecido como quaresma que se inicia na quarta-feira a seguir ao Carnaval.
Os primeiros registos do Carnaval em Angola são de 1857, referentes à festa popular dos Kimbundos, num evento cultural interrompido de 1961 a 1963 e de 1975 a 1977.
Em 1978, Agostinho Neto, que proclamou a Independência de Angola e se tornou-se no primeiro Presidente da República, recomendou um Carnaval diferente daquele que era conhecido na época, tendo restabelecido o Entrudo como uma festa pública, de recreação popular e com carácter competitivo.CPM/SEC