Luanda – O acto central da edição 46 do Carnaval de Luanda vai contar com a participação de 13 grupos da classe, que, nesta segunda-feira, descem à Marginal, para ao som do batuque, reco-reco, dicanza, do kisanji e da Mpuita fazerem a festa, numa disputa que se antevê renhida.
Este ano assinala o regresso à classe A do emblemático União Operário Kabocomeu, vencedor da primeira edição do carnaval da Angola Independente, em 1978, depois de ter vencido a classe B em 2023.
O grupo União Recreativo do Kilamba vai defender o troféu conquistado em 2023 e, certamente, contará com forte oposição de grupos como a União Mundo da Ilha, o papão dos carnavais de Luanda, com 14 títulos, União Kiela e, quiçá do próprio Kabocomeu, colectividades com mais de meio século de existência e prestígio e que, por isso, estão na condição de património do Carnaval de Luanda.
O União Kazucuta do Sambizanga será o primeiro a desfilar e o União Recreativo do Kilamba, o detentor do título, o último.
Três grupos vêm do Sambizanga, dois do Cazenga, tal como da Maianga, Rangel, Viana, enquanto os restantes são oriundos da Ingombota e Quiçama.
O estilo de dança Semba será o mais representado, com seis grupos, seguindo a Kazucuta, por quatro, num palco onde haverá também espaço para a cabecinha e o sambalage.
O primeiro classificado da 46ª edição do carnaval de Luanda, na classe A, vai receber a quantia de 15 milhões de Kwanzas, como prémio, contrariamente aos cinco milhões da edição de 2023.
O segundo classificado vai receber 10 milhões de Kwanzas e o terceiro cinco milhões, de acordo com o presidente da Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL), Nataniel Narciso.
Na classe B, o primeiro classificado vai receber cinco milhões, o segundo três milhões e o terceiro classificado a quantia de dois milhões de kwanzas.
Para a classe Infantil, a organização vai atribuir aos vencedores a quantia de oito milhões, seis milhões e quatro milhões, respectivamente.
Acesso livre
Com o lema “Carnaval de Luanda, da Tradição a modernidade”, espera-se lotação das bancadas já que o acesso à festa da maior manifestação cultural angolana será livre.
O controlo será feito por um sistema de fitas para o público em geral e convites para as bancadas.
As arquibancadas contam com dois mil e 600 lugares, enquanto as tribunas, distribuídas em seis, comportam cerca de mil e 500 pessoas sentadas.
A tradição carnavalesca, trazida pelos colonos portugueses, incorporou, ao passar do tempo, uma gama de tradições locais, enraizando-se profundamente na cultura da cidade capital. ART