Luanda - Com nove elementos, a Banda Duia apresentou-se, este sábado, em Luanda, ao público, numa tarde com muitos aplausos e lembrança da música angolana, numa viagem aos anos 60 e 80.
Com uma sala cheia e com convidados espectantes, a banda composta por 5 irmãos, filhos do solista Eduardo Garcia Adolfo "Duia" (falecido), e conhecidos nomes do music hall angolano, dentre os quais o saxofonista Nanuto, o percussionista Chico Santos, o guitarrista Nelas do Som, e Rufino Cipriano, mostrou aos fãs da música angolana o que se pode esperar do novo projecto artístico.
Ao som dos ritmos angolanos, o novo formato da banda é uma homenagem ao ao solista "Pai Duia" que deixou o seu legado aos filhos e colegas.
Durante mais de uma hora, a banda passou em revista o reportório de algumas vozes conceituadas angolanas, entre as quais “Mama Yeto”, Lurdes Van-Dúnem, “Comboio”, Os Kiezos, “Lamento”, Duia, “Carolina”, Carlos Burity, “Difuba, Nany.
Para o saxofonista Nanuto, o objecto projecto era de facto juntar os irmãos Duias e formar a única banda angolana de irmãos, filhos de um solista.
"Começamos aqui a fazer história e a diferença na cultura angolana. O objecto é levar a banda internacionalmente", disse.
Nanuto frisou a necessidade de se criarem novas bandas para o enriquecimento do mosaico artístico musical angolano.
O Saxofonista considerou Duia como um dos melhores guitarristas e menos falado no mercado angolano.
Para Raul da Fonseca "Tulinga”, o conjunto está forte e preparado para enriquecer a cultura nacional e levar o nome de Angola pelo mundo.
Reforçou ser fundamental o apoio incondicional do Governo aos músicos.
"Hoje foi possível ouvir muita música em línguas nacionais, a música angolana não pode morrer"
Já a estreante da banda, Chinda Duia, filha mais nova de Duia, é um momento importante não só para a banda mas também por não se deixar morrer o nome do pai.
O guitarrista Pirika considera ser a melhor herança deixada pelo pai.