Luanda - O União Petrolíferos do Hoji Ya Henda pretende ascender para a classe A do Carnaval de Luanda, revelou neste domingo, na capital angolana, o responsável do grupo carnavalesco, Milton Joaquim.

O grupo desfilou a noite na Nova Marginal de Luanda, que acolhe a edição 2025 do entrudo, este ano inserida nos festejos dos 50 anos da independência nacional, a serem assinalados no dia 11 de Novembro.

No entrudo, os Petrolíferos homenageam o fundador da Nação angolana, António Agostinho Neto, com a música “Manguxi disse em 1978”, ao estilo da dança semba.

A canção de autoria de Samuel Jango, tem como intérprete Márcia Maya.

O grupo pede a preservação e divulgação da cultura angolana, assim como os hábitos e costumes dos povos que compõem  Angola.

Na Marginal, o grupo que tem como comandante Lisboa Sebastião, rei Sérgio Fula e rainha Luísa Issenguele, levou mais de cem membros e uma falange de mais de 50 apoiantes.

A presente edição conta com 13 grupos na classe infantil, 11 na classe B e 12 na classe A, que exibem-se ao estilo do semba, kabetula, kazukuta e dizanda para animar os presentes.

Os primeiros registos do Carnaval em Angola são de 1857, referentes à festa popular dos Kimbundos, num evento cultural interrompido de 1961 a 1963 e de 1975 a 1977.

Em 1978, o Presidente Agostinho Neto recomendou um carnaval diferente daquele que era conhecido na época.

Com o resgate do Carnaval por Neto, em 1978, a festa passou a ser congregadora, anual e competitiva, pelo que os participantes passaram a ser agraciados com estímulos.

Nesta senda, o primeiro grupo a vencer o Entrudo foi União Operário Kabocomeu, do Sambizanga.

Actualmente, o União Mundo da Ilha é o “campeão dos campeões”, com 14 títulos conquistados, seguido do União Kiela, com cinco prémios, União 10 de Dezembro, com quatro, o União Angola Independente e o União Sagrada Esperança, com três troféus, respectivamente.

O Carnaval é uma festa popular tradicionalmente cristã, apesar de algumas de suas características remontarem a celebrações realizadas por diferentes povos pagãos na Idade Antiga.

A relação entre o Carnaval e o Cristianismo está na proposta da igreja de canalizar os “impulsos carnais” dos fiéis em uma data apenas, para, depois, impô-los um período de restrição e jejum, actualmente conhecido como quaresma que se inicia na quarta-feira a seguir ao Carnaval. ANM/OHA